Portugal e Espanha criam bolsa de emprego comum - TVI

Portugal e Espanha criam bolsa de emprego comum

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A criação de uma bolsa de emprego comum para trabalhadores portugueses e espanhóis e um programa de intercâmbio de estágios par a jovens serão os acordos mais relevantes da XXI Cimeira Luso-Espanhola, sexta-feira e sábado em Évora.

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«Portugal e Espanha querem privilegiar agora os instrumentos de mobilidade entre cidadãos dos dois países, porque se tratam de medidas com grande impacto na vida das pessoas», declarou à agência Lusa o secretário de Estado do Emprego e da Formação Profissional, Fernando Medina.

Fonte diplomática de Lisboa acrescentou que a cimeira de Évora ficará marcada pela existência de medidas «muito concretas» ao nível da integração do espaço ibérico, além dos tradicionais assuntos relacionados com o mercado único da energia, as comunicações e as questões institucionais.

Segundo Fernando Medina, a bolsa ibérica de emprego «deverá estar começar a estar operacional nos primeiros meses de 2006» e permitirá a um trabalhador português, ou espanhol, alargar substancialmente o leque das suas opções em termos de procura e oferta de emprego.

O secretário de Estado referiu que, em termos de investimento, a criação da bolsa «terá custos verdadeiramente marginais, porque Portugal e Espanha vão lançar o programa a partir de uma base tecnológica já existente».

«Tanto Portugal, como a Espanha, já estão na rede EURES -portal criado no âmbito da União Europeia para permitir um aumento da mobilidade entre os trabalhadores dos diferentes Estados-membros. A bolsa de emprego entre Portugal e Espanha aproveitará a base tecnológica do EURES», explicou.

Ainda sobre a criação da bolsa de emprego, Fernando Medina admitiu que, na primeira, o alargamento da procura e oferta no mercado de emprego «beneficie mais os trabalhadores portugueses, porque a Espanha regista maior crescimento económico e, consequentemente, cria mais empregos».

Na cimeira, Portugal e Espanha vão ainda assinar um protocolo de intercâmbio de estágios para jovens até aos 30 anos, programa que avançará em 2006.

Segundo fonte do executivo, o programa deverá abranger um total de 150 jovens, dos quais 75 serão portugueses, e terá incidência em três áreas de actividade piloto, que serão definidas pelas autoridades de Lisboa e Madrid.

Fernando Medina disse ainda que na cimeira serão assinado um acordo par a o reforço das inspecções de trabalho dos dois países nas zonas transfronteiriças e que os dois governos chegarão a um compromisso para o reconhecimento recíproco de qualificações e competências na área da formação profissional.

«Quem detiver um título passado pelo Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP), esse título será também reconhecido pelo instituto público espanhol», exemplificou o secretário de Estado.
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