Crise: um português na Grécia - TVI

Crise: um português na Grécia

País prepara-se para greve geral na quinta-feira

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Foi na Grécia que se fundou a civilização europeia, mas agora o futuro do país parece ser tudo menos risonho. Que o diga Pedro Cardoso, um português, que foi convidado para gerir as operações locais de uma multinacional farmacêutica.

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«Saímos de Portugal numa altura de crise, falta de crescimento, confiança e na Grécia éramos surpreendidos por uma economia pujante. Custos elevados, grande dinâmica de mercado, dinheiro a circular a elevada velocidade. Ficámos surpreendidos e até atordoados com a disparidade», relata o gestor à TVI.

A ilusão da maioria dos gregos desfez-se pouco tempo depois da crise financeira mundial. Hoje, é a economia mais endividada da Europa, com as contas públicas mascaradas, os fundos europeus gastos ao desbarato, fuga generalizada aos impostos e altos níveis de corrupção. Para sair da crise, a Grécia precisa de dinheiro, mas os empréstimos estão muito mais caros.

O economista Giorgos Glynos comprova: «A Grécia recebe dinheiro comunitário, fundos estruturais europeus. Nesta altura, aquilo que temos de pagar por dois anos de juros nos empréstimos corresponde aos fundos europeus que recebemos em sete anos. É muitíssimo».

Nesse caso, pergunta-se: a Grécia vai precisar de ajuda financeira? O economista é peremptório: «Não, a Grécia precisa de conseguir empréstimos nas mesmas condições do que os outros países europeus».

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Para ganhar confiança dos mercados e parceiros europeus, o Governo socialista grego impôs um duro plano de austeridade: corte dos salários e aumento de vários impostos. A reacção dos sindicatos foi uma onda de protestos e amanhã os gregos vão sair à rua para uma greve geral que deve paralisar o país.
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