Mais de 7 mil notas falsas detectadas em Portugal

Apesar de poder parecer um número elevado, na verdade, representa uma forte queda, de 50%, quando comparado com os valores de 2004, revelam dados do Banco de Portugal.

Acrescenta a instituição que «as contrafacções que têm vindo a ser detectadas podem ser identificadas pelo público sem que seja necessária a utilização de qualquer equipamento auxiliar, bastando a observação cuidada das notas, através da metodologia tocar-observar-inclinar».

Das 7.610 notas falsas apreendidas, 372 eram de 5 euros, 531 notas eram de 10 euros, 2.414 notas eram de 20 euros, 3.337 notas tinham valor de 50 euros, 677 valiam 100 euros, 206 eram de 200 euros e 73 de 500 euros cada. No total, o valor das notas falsas «apanhadas» no nosso País era de 367.700 euros.

Notas de 20 e 50 euros lideram contrafacção

No segundo semestre de 2006, foi retirado de circulação um total de 265 mil notas de euro contrafeitas. Deste total, as notas de 5 euros representam apenas 1%, as de 500 euros representam 2%, as de 10 euros e as de 200 euros representam 3% cada, as de 100 euros correspondem a 24%, as de 50 euros são 31% do total e as de 20 euros, as mais frequentes, são 36%.

Como se vê, «a nota mais contrafeita continua a ser a de 20 euros, a seguir a de 50 euros e, depois, a de 100 euros. Entre Julho e Dezembro de 2006, estas três denominações representaram mais de 90% de todas as contrafacções detectadas em circulação», refere o Banco Central Europeu (BCE).



O nível de contrafacções flutuou apenas ligeiramente ao longo dos três últimos anos. «Além disso, estes valores devem ser considerados no contexto de um aumento gradual da quantidade de notas verdadeiras em circulação (em média, 10,6 mil milhões no segundo semestre de 2006)».

Mais uma vez, as notas contrafeitas apreendidas foram na grande maioria (98%) detectadas em países da área do euro. No segundo semestre de 2006, aproximadamente 1% provinham de Estados Membros da União Europeia fora da área do euro e 1% de outras regiões do mundo.

Europeus podem confiar nas notas

O BCE garante que «o público pode estar confiante na qualidade das notas de euro e nos seus elementos de segurança. Todavia, o Eurosistema, ou seja, o Banco Central Europeu (BCE) e os 13 bancos centrais nacionais da área do euro, aconselha mais uma vez os cidadãos a continuarem atentos e a verificarem a autenticidade das notas que lhes chegam às mãos».

O banco lembra que «qualquer tipo de contrafacção pode ser facilmente identificado como não sendo uma nota verdadeira através do teste tocar-observar-inclinar. Porém, em caso de dúvida, as notas suspeitas devem ser comparadas com notas que se saiba que são verdadeiras.

No âmbito do combate à contrafacção, o Eurosistema trabalha em estreita cooperação com a Europol (que divulga informação sobre as apreensões de notas e moedas de euro contrafeitas antes de serem colocadas em circulação) e com a Comissão Europeia (que é responsável por fornecer informação sobre a contrafacção de moedas de euro).

O Eurosistema mantém igualmente boas relações de trabalho com a Interpol e as forças policiais nacionais em questões relativas à aplicação da lei. Qualquer pessoa que suspeite que recebeu uma nota contrafeita deve contactar a polícia ou (nos casos em que a prática nacional o permita) o respectivo banco central nacional, fornecendo o maior número possível de pormenores sobre a origem da nota.