Barroso envolve-se em polémica com Obama - TVI

Barroso envolve-se em polémica com Obama

Durão Barroso vs. Barack Obama

Líder da Comissão Europeia diz que esforço europeu já é maior que o norte-americano

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O presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, respondeu esta quinta-feira às críticas do presidente dos EUA, Barack Obama, quanto à actuação da Europa contra a crise.

Barroso afirmou que a União Europeia está já a fazer um esforço «muito superior ao dos EUA» para combater a crise económica mundial, no que se refere a medidas de estímulo e protecção social.

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Esta foi a resposta de Durão Barroso ao apelo lançado pelo líder norte-americano à Europa e a outros países para que adoptem novos planos de estímulo económico. Os ministros da Economia e Finanças da União estiveram reunidos no início da semana e chumbaram esta petição, considerando que a ideia apenas serviria para aumentar os défices e a dívida, preferindo colocar o enfoque na aplicação plena das medidas já aprovadas.

Mais medidas podem ser necessárias se a recessão se agravar

Na resposta a Obama, Barroso não excluiu, no entanto, a possibilidade de virem a ser necessárias medidas adicionais, caso a recessão se agrave.

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«O esforço que a Europa está a fazer em termos de rede social contra a crise é muito superior ao que estão a fazer os nossos amigos norte-americanos», afirmou o presidente da Comissão numa conferência de imprensa após a reunião com representantes das entidades patronais e dos sindicatos europeus.

Barroso explicou que o estímulo económico levado a cabo pela União não inclui apenas as medidas fiscais como nos EUA, mas também os estabilizadores automáticos, ou seja, o aumento da despesa social para pagar os subsídios de desemprego.

«A Europa está a fazer muito, é um enorme esforço, nunca fizemos nada comparável», disse Barroso, acrescentando que a Europa tem «um sistema social e de bem-estar que é muito mais ambicioso que o americano ou qualquer outro. Por isso, a nossa contribuição para a procura global já é impressionante».

A Comissão vai «continuar a acompanhar a situação e avaliará o que mais terá de ser feito, se tiverem de se tomar mais medidas», uma possibilidade que Barroso admitiu não estar posta de parte. «Mas não sejamos pouco realistas sobre o que a Europa pode fazer».
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