Mercado imobiliário: o que procuram os investidores

O mercado imobiliário português está a chamar a atenção dos investidores europeus, que estão de «olhos postos» em centros comerciais/retail parks, hotéis e escritórios no centro de Lisboa. Esta é uma das conclusões do estudo «Emerging Trends in Real Estate Europe 2009» realizado pela PricewaterhouseCoopers e avançadas pelo «partner» da consultora, Jorge Figueiredo, à Agência Financeira.

O responsável reconhece, no entanto, que há actualmente pouca oferta no mercado de escritórios. «Há pouca oferta de qualidade no centro da cidade. Não é fácil construir blocos de escritórios no centro de Lisboa».

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O que é certo é que, este ano, Lisboa subiu lugares no «ranking» europeu, em termos de perspectivas de investimento e desenvolvimento imobiliário, ocupando agora o 19º lugar entre 27 mercados.

Indústria e habitação pouco atractivos

A indústria e a habitação para venda são mercados atractivos para os investidores europeus. Mas a verdade é que, segundo o «partner» da PricewaterhouseCoopers, os preços praticados no mercado nacional vão ter inevitavelmente de baixar. «É necessário baixar os valores que estão a ser praticados e que estão quase ao mesmo nível do que é praticado no Reino Unido», salienta Jorge Figueiredo, em declarações à AF.

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Já a habitação para renda é um dos negócios «mais bem vistos» pelos investidores europeus, interessados no mercado imobiliário nacional.

Entrada lenta de capital

O mesmo estudo acredita que o investimento em Portugal será feito lentamente durante este ano, tendo em conta os dados económicos do país: desemprego acima dos 8%, crescimento negativo do produto interno bruto (PIB) e quebra no consumo.

Já em termos de médio a longo prazo, as perspectivas são mais animadoras. «No período de 2010-2012, este mercado será novamente uma área de investimento muito atractiva. Os participantes no estudo acreditam que os investidores devem manter todo o tipo de propriedades no próximo ano» e evitar vendê-las, para que seja possível retirar o maior retorno da verba investida.