BCP e PT comprometem sessão da bolsa portuguesa

Hoje foi um dia marcado pela apresentação de importantes indicadores económicos, nomeadamente relativos ao crescimento da Alemanha. A estimativa de crescimento do PIB da maior economia europeia aponta para um crescimento de 0,6% no terceiro trimestre deste ano, face ao trimestre anterior. O valor representa uma aceleração face ao ritmo anteriormente registado e supera também ligeiramente as previsões dos analistas, que apontavam para uma expansão de 0,5%.

Quanto a valores, o índice português foi prejudicado sobretudo pelo comportamento do BCP e da PT. O maior banco privado português caiu 0,93% para os 2,12 euros e a operadora derrapou 0,38% para os 7,84 euros.

No caso da operadora, a queda resulta, em parte da revisão em baixa do gigante das telecomunicações europeias, a Vodafone, um cenário quês e repercute nos vários players do sector, Portugal Telecom incluída. Já o BCP reflecte a revisão em baixo do PIB apresentada hoje pelo Banco de Portugal, que poderá ser um sinal de que o consumo irá diminuir, e consequentemente o crédito concedido.

A EDP encerrou estável nos 2,36 euros, sem reagir às declarações do ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, que disse que a nova fase de privatização da eléctrica aconteceria em breve.

Do outro lado do índice, nota positiva para a Brisa, que ganhou 1,05% para os 6,73 euros, depois do Espírito santo Investimento ter dito que as acções da concessionária poderiam valorizar 23% nos próximos doze meses, a beneficiarem da estratégia de internacionalização anunciada pela administração

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A maior valorização do dia coube à Corticeira Amorim, que ganhou 1,45% para 1,40 euros e a maior derrapagem pertenceu à ParaRede, que caiu 3,33% para os 0,29 euros.

Na Europa, apenas o DAX encerrou em terreno positivo, a beneficiar do crescimento da economia revelado hoje pelo indicador que mede o PIB no país. Subiu 0,36%, em contra ciclo com o CAC, que perdeu 0,12%, com o IBEX, que caiu 0,46% e com o FTSE, que desceu 0,56%.