Fundos privados ganham menos com alterações às pensões - TVI

Fundos privados ganham menos com alterações às pensões

Velhos truques para poupar

A revolução nas pensões resultará num corte das comissões nos fundos privados.

Relacionados
O mercado mundial de pensões está em plena revolução, com a passagem para a reforma de grande parte da geração nascida depois da Segunda Guerra Mundial (geração baby boom).

Esta situação coloca sérios problemas aos governos, que terão de passar alguma da responsabilidade com as reformas para os indivíduos das gerações seguintes, escreve o «Diário de Notícias».

É neste contexto que os fundos de pensões privados pretendem actuar, criando alternativas de investimento para as reformas e reduzindo custos para chegar a mais pessoas.

Estas foram as ideias fortes da primeira apresentação do Dia da Imprensa da Schroders, que decorreu sexta-feira em Londres. A responsabilidade pertenceu a Massimo Tossato, director de distribuição global da sociedade gestora britânica, uma das maiores empresas mundiais de gestão de activos.

O mercado pós-reforma ainda pode ser alimentado pelas reservas do Estado, mas o de pré-reforma terá de procurar formas de sobrevivência, as quais, segundo a Schroders, passará pela escolha individual.

Mercado de rformas já vale 43 milhões de euros

«O mercado de reformas é o maior motor de crescimento nos serviços financeiros. Já vale 43 mil milhões de euros e deverá crescer até 10% anualmente nos próximos cinco anos», explicou este responsável a uma plateia de jornalistas de toda a Europa e de Hong Kong. Este cenário, que acelerará a concorrência entre os fundos privados de pensões, obriga as gestoras a oferecer aconselhamento e novas soluções para rentabilizar os activos reservados para a reforma.

«O conhecimento financeiro médio das populações é baixo. Precisamos de soluções que garantam retorno absoluto às pessoas», acrescentou.

Parte da mudança será efectuada através da passagem dos planos de benefícios definidos (que dominam actualmente na Europa) para os de contribuições definidas. Os primeiros, que estão a diminuir a uma média de 3% ao ano, beneficiaram de «20 anos excepcionais para o mercado accionista», avança o «Diário de Notícias».

Agora, os segundos precisarão de alternativas para rentabilizar as poupanças, já que a responsabilidade deverá passar para os indivíduos e o simples investimento em acções ou obrigações já não será suficiente.
Continue a ler esta notícia

Relacionados