Gestores de empresas públicas vão ganhar menos e perder regalias - TVI

Gestores de empresas públicas vão ganhar menos e perder regalias

Teixeira dos Santos - Ministro de Estado e das Finanças

O Governo vai apertar as regras de remuneração dos gestores públicos. Para tal, o Conselho de Ministros aprova hoje uma resolução que obrigará a baixar as remunerações actualmente auferidas pelos gestores e, para além disso, determina a «divulgação do elenco completo das remunerações principais e acessórias, incluindo todos os complementos remunerados em dinheiro ou em espécie, auferidos pelos órgãos de direcção, bem como os regimes de previdência ou planos complementares de reforma».

Esta divulgação deverá ser feita nos relatórios e contas anuais das empresas e inclui os automóveis, telemóveis, cartões de crédito e respectivo plafond, etc. Quanto às reformas, estas só poderão ser recebidas no final da carreira contributiva, tendo os beneficiários mais de 65 anos, refere o «Diário de Notícias».

A resolução hoje aprovada aplica-se a empresas públicas, entidades públicas empresariais, institutos públicos e sociedades de capitais maioritariamente públicos, ou seja, abrange um universo que vai desde o governador do Banco de Portugal, à CP ou à TAP, passando pelos administradores da Caixa Geral de Depósitos.

Não abrange, todavia, a Galp, uma empresa onde a posição do Estado não lhe permite intervir a este nível. E também não se aplica às recentemente faladas pensões de ex-administradores da CGD ou do Banco de Portugal, ou mesmo administradores entretanto contratados, uma vez que as regras não podem ter efeitos retroactivos.
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