Media Capital e PT Multimédia brilham no sector de media europeu

Fazendo contas à evolução do valor das acções entre as empresas de media mais representativas de Portugal, Espanha, França e Alemanha, a dona da TVI cresceu 22,6%. Uma valorização que só foi ultrapassada pela Tele5, com um crescimento bolsista de 27,1% e pela Antena 3, com uma evolução positiva de 24,9%.

A análise incide sobre a Mediaset, o Grupo RTL, a TF1, a ITV, o M6, a ProSieben, a Antena 3, a Telecinco, a Impresa e a Media Capital.

Para trás, com os piores desempenhos, ficam a Impresa, a TF1 e a Mediaset, todas a registar desempenhos abaixo da linha de água, ou seja, as acções valem menos hoje do que valiam no início do ano. A pior performance pertence à Impresa, que caiu 19% desde Janeiro, seguida da TF1, que perdeu 10% e da Mediaset que desvalorizou cerca de 3,4%.

Já em relação ao balanço de todo o sector, com uma valorização média entre Janeiro e Outubro, de 7,4%, a Media Capital vem para segundo lugar, com um desempenho 15,2% superior à média calculada entre as dez empresas consideradas. Aqui a liderança continua a pertencer à Tele5, que superou a média em 19,7%.

O pior desempenho volta a pertencer à Impresa, que caiu 26,4% face ao sector.

Mas há mais empresas nacionais a darem cartas no sector. No segmento de televisão por cabo, a PT Multimédia ocupa o segundo lugar no ranking das que maiores valorizações registaram em bolsa, desde Janeiro.

Aqui a análise foi feita entre a Sogecable, BSkyB, Premiere e PT Multimédia. O melhor desempenho pertence à Sogecable, com uma valorização de 5% desde Janeiro, seguida, então da PT Multimédia, com uma valorização de 3,8%.

Face à média negativa de 3% do sector, a PT Multimédia está quase 7% valorizada face ao sector, enquanto a Sogecable atinge os 8%.

Cofina na cauda da imprensa europeia

Já no sector de imprensa, as notícias não abonam muito a favor da portuguesa Cofina. Pior que a dona do «Correio da Manhã», só mesmo a Johnston Press.

A análise centrou-se em 6 empresas europeias, a saber, a Indep.News & Media, a Johnston Press, a Trinity Mirror, a Daily Mail, a EMAP e a Cofina.

A prestação bolsista do sector de imprensa nos últimos seis meses (depois da cisão entre os activos de media e os industriais que deram origem à Altri) aponta para uma valorização média de 0,8%. Ora, no mesmo período, a Cofina caiu 1,9%, uma marca só melhor que a da Johnston Press, que perdeu 3%. No sentido inverso esteve a EMAP, que em igual espaço de tempo cresceu 12,8%.