Crise pára fábricas de automóvel em Portugal

O sector automóvel está a ser um dos mais afectados pela crise. A quebra acentuada das vendas tem obrigado os grandes grupos a despedir milhares de trabalhadores, a pedir ajuda aos Estados e até a reduzir a produção. Portugal não é excepção.

Um exemplo disso mesmo é o construtor francês Renault, que vai reduzir em 25% a sua produção em todo o mundo no quarto trimestre do ano. A unidade portuguesa, em Cacia (perto de Aveiro) também vai ser abrangida, confirmou o porta-voz da empresa em Portugal, Ricardo Oliveira, à Agência Financeira na segunda-feira.

A unidade vai parar durante 7 dias até ao final do ano, e esta não é já a primeira paragem este ano.

Mas a Renault não é caso único. De acordo com o «Público», a fábrica da Continental Mabor vai encerrar quatro dias, de 16 a 19 de Dezembro.

A Autoeuropa é outro exemplo, e nesta fábrica, onde a produção parou esta segunda-feira, a paragem vai manter-se até sexta-feira, no que toca à produção dos monovolumes Volkswagen Sharan e Seat Alhambra. Entre 11 e 17 de Dezembro está prevista mais uma paragem na fábrica de Palmela, para os mesmos modelos, a que se juntará uma suspensão de quatro dias na produção do Scirocco e do Eos.

A fábrica da Continental Mabor, que produz em média 50.000 pneus por dia, vai parar a produção por completo, devido à crise que se vive no sector automóvel mundial, segundo a informação confirmada ao ¿Público¿ pelo presidente da empresa, António Lopes Seabra.