Lucros da Portugal Telecom deverão ter caído 32% - TVI

Lucros da Portugal Telecom deverão ter caído 32%

  • Alexandra Ferreira
  • 31 out 2005, 18:05
PT

Numa antevisão dos resultados relativos aos primeiros nove meses de 2005 da Portugal Telecom, que serão apresentados no próximo dia 2 de Novembro, antes da abertura do mercado, uma poll de oito analistas antevê uma queda de 32% nos lucros da empresa para os 309,8 milhões de euros (valor médio), face ao mesmo período de 2004.

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Para o período referido, as receitas deverão ter registado um aumento de 4% para os 4.642,5 mil milhões de euros relativamente aos primeiros nove meses ano passado, quando as receitas ficaram nos 4460 mil milhões.

Relativamente ao EBITDA, deverá situar-se perto dos 1.733,5 milhões de euros que compara com os 1.769,4 milhões de euros, obtidos nos primeiros nove meses de 2004. Contas feitas, segundo uma poll de oito analistas contactados pela Agência Financeira, o EBITDA deverá revelar uma queda de cerca de 2%.

Em relação às receitas, a média foi apurada entre um máximo de 4.678 milhões de euros e um mínimo de 4608 milhões de euros. Para o EBITDA, o máximo avançado foi de 1.748 milhões de euros e um mínimo de 1.698,3 milhões de euros e, finalmente, para os lucros, o tecto máximo apontado somou 337 milhões de euros, contra um mínimo de 300,9 milhões de euros.

TMN será a «cruz» da Portugal Telecom

«Em termos de receitas», diz John dos Santos, analista da Lisbon Brokers, «há a salientar a excelente performance da Vivo no Brasil, que apesar de uma ligeira queda na sua quota de mercado e uma forte queda na margem EBITDA, continua a ser líder destacado do mercado móvel no Brasil».

«No que respeita a Portugal», acrescenta o analista «a TMN deverá continuar a sofrer da queda das taxas de interligação fixo-móvel, bem como de uma taxa de penetração a rondar os 100%. Por outro lado, o aumento da concorrência no segmento, manifestado tanto em termos de pricing como na subsidiação dos aparelhos móveis, deverá ter prejudicado a TMN».

«Por seu turno», conclui John dos Santos, «na rede fixa ainda se faz notar a substituição do fixo pelo móvel, enquanto a PT Multimédia parece estar a sofrer as repercussões do fraco consumo sentido no país».

Já Teresa Martinho, analista do banif Investimento, elogia a redução nos custos e o negócio de «wireline».

Menos optimista que o analista da Lisbon Brokers em relação ao negócio no Brasil, a analista diz que «as receitas da Vivo deverão revelar uma desaceleração no crescimento do mercado e um fraco desempenho a nível de captação de clientes».

Relativamente à PT Multimédia, a analista diz que a empresa deverá apresentar «um desempenho bastante aquém do desejável, com as receitas a aumentarem apenas ligeiramente e o EBITDA a manter-se inalterado. OS resultados deverão ser penalizados pela recentemente lançada ¿pay TV¿, a Funtastic life, que está a envolver um fardo pesado em termos de custos de programação»

No negócio da TMN, a analista reage em linha com o «profit warning da TMN» e diz que «espera um fraco desempenho da empresa», cujos resultados serão prejudicados, entre outros factores, pelos custos de ¿start up¿ do 3G.
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