Marco Silva foi oficializado como novo treinador do Everton nesta quinta-feira e a escolha dos toffees levou a Sky Sports a tentar perceber o que faz do técnico português «tão bem cotado».
Nesse sentido, a cadeia televisiva inglesa decidiu pedir a opinião de três jogadores que foram treinados por Marco Silva, nos três países onde o português já trabalhou: Portugal, Grécia e Inglaterra.
Para viajar até às origens da carreira do treinador, a Sky Sports falou com o panamiano Tony Taylor, que recorda a forma como viu a carreira de Marco Silva começar, no Estoril.
«Eu estava no meu terceiro ano no clube e ele tinha sido meu capitão. No início da época fui emprestado a outra equipa, mas o Estoril não estava muito bem com o [treinador] Vinicius Eutropio, e quando o Marco assumiu a equipa, lembrou-se de mim e voltei em janeiro. Ele virou tudo ao contrário», introduz o atual jogador dos canadianos do Otawa Fury.
«Acabamos por vencer a segunda divisão e subir, mesmo sendo a primeira vez que ele treinava uma equipa. Foi uma loucura ver como ele chegou sem nunca ter treinado ninguém e, na primeira oportunidade como treinador, ganhou o título. E aí viu-se logo que ele era um bom treinador e que estava certo desde o início», defende Tony Taylor.
Já Kasami, internacional suíço que foi treinado por Marco Silva no Olympiakos vai mais longe e garante que o português «é muito inteligente taticamente, é como um génio».
«É um treinador que sabe onde colocar todos os jogadores para obter o melhor deles e os treinos são muito bons. Trata-se de um grande treinador em todos os processos», elogia Kasami.
O inglês Ryan Mason, que foi um dos jogadores que primeiro trabalhou com Marco Silva em Inglaterra, no Hull City, recorda um técnico viciado em trabalho, com grande conhecimento dos adversários e muito atento aos detalhes, que surpreendeu os jogadores que não estavam habituados a trabalhar de forma tão organizada.
«Pelas sessões de treino, podíamos perceber o quanto ele trabalhava fora do campo», assegura o inglês de 26 anos, entretanto retirado do futebol, que elogia também as características humanas do português.
«Ele rapidamente ganha o respeito de todos. Tinha uma aura redor dele. Era um bom homem e precisávamos disso. Apesar de ser jovem ele consegue criar bom relacionamento com os jogadores.
Apesar de realçar que trabalhou poucas semanas com o novo treinador do Everton, Mason elogia o apoio que recebeu do português depois de sofrer a grave lesão que o obrigou a deixar o futebol.
«Ele veio visitar-me algumas vezes e liga-me muitas vezes. É alguém com quem eu construí uma amizade muito boa», finaliza Mason.