Economia portuguesa passou a ter necessidades de financiamento - TVI

Economia portuguesa passou a ter necessidades de financiamento

  • ALM com Lusa
  • 11 jul 2019, 13:56
Contentores

Empresas exportadoras reviram em baixa perspetivas de crescimento das exportações para 4%

A economia portuguesa fechou o primeiro trimestre com necessidade de financiamento de 0,1% do Produto Interno Bruto (PIB), interrompendo a sucessão de saldos positivos registados desde o final de 2012, segundo dados hoje divulgados pelo Banco de Portugal.

No final de 2018, a economia portuguesa fechou com capacidade de financiamento de 0,4% do PIB.

Sobre a necessidade de financiamento registada no final do primeiro trimestre, na nota de informação estatística sobre contas financeiras nacionais, o banco central indica que esse resultado "reflete a necessidade de financiamento das sociedades não financeiras [empresas] e das administrações públicas”, que “excedeu a poupança financeira das sociedades financeiras e dos particulares”.

A economia portuguesa gerar necessidades financeiras (ou seja, ter um património financeiro negativo) significa que os agentes económicos não geram, em termos de ‘stocks’, poupanças suficientes para fazer face às necessidades.

Empresas exportadoras reviram em baixa perspetivas de crescimento das exportações para 4%

As empresas exportadoras de bens reviram em baixa as perspetivas de crescimento nominal das suas exportações em 2019 para 4%, segundo dados hoje divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

A confirmarem-se estas expectativas, segundo o INE, deverá registar-se uma desaceleração das exportações relativamente a 2018, ano em que as exportações aumentaram 5,3%.

Em janeiro, numa primeira previsão, com base num inquérito feito em novembro de 2018, as empresas exportadoras tinham perspetivado um aumento nominal de 4,3% nas exportações de bens em 2019, face a 2018.

A revisão resultou principalmente das perspetivas das pequenas e médias empresas, que apontaram como principais motivos para essa revisão em baixa, o pior comportamento que o esperado na generalidade dos mercados de destino já clientes e em mercados específicos", explica o INE.

Segundo os dados hoje divulgados, as empresas esperam agora um aumento de 4,2% nas exportações Intra-UE (União Europeia), contra os 4,4% previstos em janeiro, e para os mercados Extra-UE as perspetivas apontam para um aumento de 3,4%, face aos 3,2% previstos em janeiro.

De acordo com o INE, com base no Inquérito sobre Perspetivas de Exportação de Bens, realizado em maio e correspondentes à segunda previsão das empresas para a evolução esperada das exportações de bens em 2019, excluindo os combustíveis e lubrificantes, as perspetivas reveladas pelas empresas indicam também um crescimento de 4% no total do Comércio internacional, 3,5% no Comércio Extra-UE e 4,2% no Comércio Intra-UE.

De acordo ainda com o INE, a revisão em baixa no comércio internacional resulta da atualização das expectativas das exportações para a UE (de menos 0,4 pontos percentuais para uma variação de 4,2%), sobretudo nas categorias Máquinas e outros bens de capital (exceto o material de transporte) e seus acessórios e Bens de consumo não especificados noutra categoria.

As perspetivas em relação às exportações Extra-UE aumentaram 0,2 pontos percentuais (para um crescimento de 3,4%), essencialmente devido à evolução da categoria material de transporte e acessórios, acrescenta.

Por grandes categorias económicas destacam-se as perspetivas de aumento das exportações de material de transporte e acessórios, tanto para países Extra-UE como para países Intra-UE (mais 14,1% e mais 6,8%, respetivamente), sinaliza o instituto.

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