Perder Qimonda seria «vergonha nacional» - TVI

Perder Qimonda seria «vergonha nacional»

Qimonda

«Tem de haver dinheiro para manter uma empresa que era uma referência» no país, alega o presidente da câmara de Vila do Conde

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O presidente da Câmara Municipal de Vila do Conde considerou esta terça-feira que o encerramento da fábrica da Qimonda seria uma «vergonha nacional», admitindo que se sente desiludido com o processo que rodeia o eventual encerramento da empresa.

«Se Portugal perder a fábrica de semicondutores será uma vergonha nacional», disse esta terça-feira Mário Almeida à agência Lusa.

«Tanta coisa que se tem salvo, há dinheiro para muitas outras coisas, tem que haver para manter uma empresa que era uma referência nacional».

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Para sustentar o peso que a Qimonda tem em Portugal, Mário Almeida afirmou que em 2007, a unidade que fabrica semicondutores estava na lista das 10 maiores exportadoras a nível nacional e era um grupo de referência no mundo, «não só pelo conhecimento e qualidade dos produtos que fazia, mas também pela tecnologia usada».

O autarca assistiu esta terça-feira ao desenrolar da reunião entre trabalhadores e direcção da empresa para anunciar o lay-off de seis meses para 800 operários, sendo que 200 se mantém em funções e os restantes - com contratos a termo, serão dispensados a partir do final do mês de Maio.

Mário Almeida disse Lusa que manteve contactos com «a administração da empresa, os trabalhadores e ainda o Governo» e que no contacto com o ministério da Economia, foi-lhe comunicado que «há investidores europeus interessados na multinacional».

Em relação às dispensas e despedimentos anunciados, o autarca diz que era «um cenário há muito temido», reconhecendo que foi sustentado no argumento de que «é preciso diminuir o peso do pessoal, para que possa surgir uma proposta de viabilização».

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Apesar disso, Mário Almeida admitiu que vê com «enorme preocupação o futuro de todos os trabalhadores da Qimonda», até porque a situação de desemprego acarreta «além dos problemas financeiros para cada um das pessoas visadas, problemas sociais que é preciso ter em conta».

Mário Almeida continua a acreditar que esta situação de dispensas e despedimentos «possa ser corrigida através de um investidor que apareça. Ainda continuo a acreditar que o Governo e administração da empresa tudo farão para salvar a Qimonda, porque esta unidade não pode acabar».
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