Nuno Espírito Santo, treinador do FC Porto, comentou desta forma a derrota da sua equipa na receção à Juventus (0-2), na primeira mão dos oitavos de final da Liga dos Campeões:
«Sabemos que no futebol e na vida não podemos desistir. É essa a nossa mentalidade e é dessa forma que vamos encarar o próximo jogo. Tudo é difícil mas tudo é possível. Sabemos que a eliminatória está complicada mas não está fechada. O futebol já demonstrou durante muitos anos que tudo é possível. No momento em que temos de tomar decisões depois da expulsão, tivemos de equilibrar a equipa e a equipa reagiu bem.»
O que procurou com a entrada de Corona? «Fomos para o intervalo com o 0-0 e depois sentíamos que era possível, queríamos projetar o ataque e a entrada do Corona visou isso, procurar o golo que era importante para nós.»
Ficou feliz com o apoio dos adeptos? «Agradecer ao Dragão, agradecer mais uma vez o apoio que deu à equipa, o apoio que deu enquanto estivemos a discutir o jogo e o apoio que deu quando o resultado era adverso. Isto personifica o espírito que temos. Vimos um FC Porto a dar tudo o que tinha, isso já faz parte do nosso caráter.»
Como avalia o lance da expulsão? «Considero que nos jogos de Champions, com esta importância, o árbitro podia ter contemporizado e ter tomado outra decisão, a falta não é agressiva nem coloca em risco a integridade. Mas isso não invalida o erro que tivemos, a precipitação que tivemos. Isto serve para crescer.»
Jogou muito tempo com dez, isso vai ter consequências? «Vai requerer um bom trabalho de recuperação e saber que este resultado e este jogo não podem melindrar a preparação para um jogo importante no Bessa. Sabemos que, como equipa, nos temos de nos levantar.»
As mexidas da Juventus foram fundamentais? «Se nós analisarmos os lances dos golos, o jogador que entra não tem uma ação individual decisiva. Até aí estávamos a lidar muito bem com o jogo ofensivo da Juventus, sabíamos de onde vinha o perigo, mas cometemos erros. Penso que terem sido suplentes a marcar por apenas uma questão casual.»