Castro lembra o dia em que Lucho chorou como uma criança no autocarro - TVI

Castro lembra o dia em que Lucho chorou como uma criança no autocarro

Aconteceu após a eliminação do FC Porto frente ao Málaga, na época 2012/13. O argentino referiu ainda os motivos que o fizeram voltar à Invicta após uma experiência no Marselha e explicou o que é ser portista

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Em conversa com André Castro e Kelvin, no programa «FC Porto em casa», Lucho González recordou o regresso ao FC Porto, clube do qual partiu em 2009 para o Marselha.

«Quando tomei a decisão de sair do Marselha, ainda não tinha aparecido a oportunidade de voltar ao FC Porto. Tinha uma proposta de Itália e outra de Inglaterra. Nesse momento, o Antero soube o que estava a viver no Marselha, conversámos e ofereceu-me essa possibilidade. As outras propostas... Desapareceram. Sempre manifestei o sentimento que tenho pelo FC Porto, fui um dos primeiros estrangeiros a ter hipótese de voltar. Não pensei em dinheiro ou em jogar numa outra Liga», confidenciou.

O internacional argentino foi surpreendido por vários adeptos no momento em que aterrou na Invicta. O plano inicial era ninguém saber da sua chegada.

«Tinha conversado com Antero e ele propôs-me chegar de avião à noite para ninguém saber que estava praticamente de volta. Quando sai pela porta traseira e vi todos os adeptos.. causou-me uma alegria imensa», admitiu. 

Lucho González tornou-se capitão do FC Porto e explicou o que significa ser portista.

«Tornei-me portista pelo carinho que os adeptos me deram desde que cheguei. Quando sai da Argentina, tive a possibilidade de ir para Espanha, uma das Ligas que mais gostei. Falaram-me bem do FC Porto, do clube e da cidade, e decidir vir. Sem demonstrar nada, fui tratado como um rei. Quando um estrangeiro chega ao FC Porto, as pessoas de lá fazem-no sentir como se estivesse no seu país. O jogador só se preocupa em treinar e render em campo, isso faz com que uma pessoa treina todos os dias com alegria. Os jogadores portugueses acolhem muito bem os estrangeiros. O facto de estarmos sempre a lutar como diz a música 'Somos o povo do Norte'. Lutamos sempre contra a capital. Somos desfavorecidos nas decisões. A força do FC Porto vem do campo para fora. Os adeptos acreditam nisso e fazem com que os jogadores façam parte dessa 'guerra'. Ser portista é saber que para ganhar temos de fazer algo além do que fazemos em campo», esclareceu.

Além do campeonato conquistado nas últimas jornadas, ultrapassando o Benfica, o trio viajou no tempo para lembrar a eliminação frente ao Málaga, nos oitavos de final. Depois de ter vencido por 1-0 no Dragão, os azuis e brancos perderam no «La Rosaleda» por 2-0.

«Depois do jogo cheguei ao autocarro e ao fundo, do lado direito, o Lucho estava a chorar como uma criança. Falei com ele e ele disse-me: 'era a minha última oportunidade para ganhar uma Champions'. Não dizíamos, mas sentíamos isso. Se passássemos essa eliminatória, tudo poderia acontecer. A lesão do Moutinho custou-nos muito e o Defour teve o azar de ser expulso. Foi um jogo complicado e acabámos por perder a eliminatória», contou.


 

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