Conceição e o calendário em Portugal: «Não podemos ser carne para canhão» - TVI

Conceição e o calendário em Portugal: «Não podemos ser carne para canhão»

FC Porto vai ter jogos de três em três dias nas próximas semanas e treinador dos azuis e brancos teceu reparos à forma como a calendarização está arrumada para as equipas nacionais, sobretudo as que jogam competições europeias. «Para descansar temos a Juventus»

Na conferência de imprensa de antevisão ao jogo desta segunda-feira com o Rio Ave, Sérgio Conceição abordou o calendário muito apertado do FC Porto na presente temporada e que vai agudizar-se nas próximas semanas.

O treinador dos azuis e brancos foi questionado sobre os desafios de gerir uma equipa afetada com vários casos de covid-19 e acabou por refletir sobre esse e outros assuntos.

«Não tem sido fácil. Para mim e para outros treinadores. Não é pela densidade competitiva que temos. Vamos jogar nem 72 horas depois do último jogo: 68 horas de recuperação, salvo erro. Não são as condições ideais. No final, o treinador é que tem de dar a cara para assumir o resultado que tivermos, mas não e fácil. É a situação da covid: jogadores que estiveram em casa algum tempo, jogadores que voltam e que, apesar do trabalho que se faz e que eu já elogiei, não é a mesma coisa, claro. Não esquecer [também] que nestes últimos tempos, meses, temos jogado uma série de jogos incrível e vamos continuar.

Conceição lembrou o ciclo de cinco jogos realizados de três em três dias até bem perto do jogo da 1.ª mão dos oitavos de final da Liga dos Campeões com a Juventus de Cristiano Ronaldo. «Depois, para descansar, temos a Juventus. Depois de cinco jogos que temos de elevadíssimo nível, temos, para pausar um bocadinho, a Juventus ao quarto dia», referiu, dando a entender que o dérbi da Invicta com o Boavista, ainda sem data definida, vai jogar-se sábado, dia 13 de fevereiro.

«Teremos de ser muito inteligente e criativos na abordagem aos jogos porque vão requerer o máximo de todos nós», afirmou o treinador do FC Porto, que teceu reparos à forma como as provas nacionais desenhadas. «Acho que a calendarização e muitas coisas no futebol português têm de ser revistas, principalmente para as equipas que estão na Europa. Há que analisar e não podemos ser carne para canhão», concluiu.

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