Luis Díaz: dos problemas de desnutrição ao talento com a bola no pé - TVI

Luis Díaz: dos problemas de desnutrição ao talento com a bola no pé

Colômbia (AP)

A BBC conversou com o coordenador da formação do Barranquilla e com «Pocillo» Díaz que recordaram o percurso do extremo até se afirmar como figura do FC Porto

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Luis Díaz é, por estes dias, o jogador em melhor forma do FC Porto: leva 12 golos em 17 jogos.

O internacional cafetero tem merecido elogios um pouco por toda a parte. Desta feita, foi a vez de Fernel Diaz, coordenador da formação do Barranquilla, a elogiar o extremo portista e aproveitou para deixar uma garantia.

«Lucho consegue rematar de fora da área, está confortável com os dois pés, consegue driblar, abrir defesas e marcar golos. O que é que ele não consegue fazer? Mas, acreditem ou não, ele ainda não atingiu o seu máximo», sublinhou, em declarações à BBC.

Embora já tenha cimentado a sua posição como um dos mais talentosos jogadores do futebol europeu, houve quem duvidasse de Díaz. Como foi o caso de John «Pocillo» Díaz que desconfiou do talento do avançado devido ao seu aspeto físico. 

«Por um momento, pensámos que seria muito difícil para ele porque parecia ter problemas de desnutrição. Era muito magro e perdeu os duelos com outros jogadores», começou por contar o antigo futebolista, recordando a altura em que o jogador foi chamado para disputar a Copa América dos Povos Indígenas.

John Díaz relatou que Luis Díaz perguntava se podia comer a mesma refeição mais do que uma vez. Descedente do grupo étnico Wayuu, o futebolista nasceu numa família humilde no Bairro Lleras, município de Barrancas, departamento de La Guajira, uma das zonas mais negligenciadas pelo governo colombiano e onde morreram cerca de cinco mil crianças à fome entre 2008 e 2016. 

«Ainda assim, Díaz destacou-se entre os 400 candidatos e fez parte do plantel de 26 atletas», continuou. 

«Inicialmente, jogou como avançado, mas teve um grande problema. Quando tinha a bola, ele tinha o hábito de correr com a bola a olhar para o chão e nem reparava que às vezes, atingira o fim do campo. Ele era muito rápido e tinha uma técnica muito boa, a bola colava-se ao seu pé como cola», frisou. 

O Colômbia perdeu a final da Copa América dos Indígenas diante do Paraguai, mas Díaz acabou a competição com dois golos e deu-se a conhecer a toda a Colômbia. Chegou ao Barranquilla e saltou para o Dragão. Esta noite, será a vez do cafetero apresentar o seu talento a Anfield, um dos maiores palcos do futebol mundial. 


 

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