Pinto da Costa: «Há coisas da DGS que não compreendo muito bem» - TVI

Pinto da Costa: «Há coisas da DGS que não compreendo muito bem»

«Se o futebol não pode voltar, nada pode», diz presidente do FC Porto depois de conhecer medidas

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O presidente do FC Porto considerou que «o desagrado dos jogadores» com o código de conduta da Direção Geral da Saúde «foi generalizado» e acrescentou que também ele não entende certas medidas.

«Há coisas que não compreendo muito bem. Se calhar, não são fáceis de perceber. Não compreendo como se quer proibir um profissional de futebol que vai exercer a sua atividade e depois tem de ir diretamente para casa, não pode conviver com ninguém», começou por dizer Pinto da Costa, após ter sido recebido pelo Presidente da República, no âmbito das audiências a detentores de órgãos de comunicação social, como o Porto Canal.

O líder portista acrescentou: «Se isso é importante, então é um desprezo para todos os outros profissionais. Por que é que um profissional da restauração em vez de ir do restaurante para casa, pode ir para qualquer lugar? Isso é cortar a liberdade das pessoas. Penso que é injustificado. Mas para isso há os experts que estão a analisar a situação. Todos os que ouvi no ramo da medicina dizem que há ali coisas que não se compreende.»

Pinto da Costa diz que não está solidário, nem deixa de estar com os três futebolistas do FC Porto que manifestaram desagrado, pois «tomaram uma posição individual».

De resto, o dirigente mostrou algum desagrado com o processo da DGS.

«Eles ouvem quem querem. Fazerem uma reunião e elaborarem um documento sem ouvir os especialistas, como o doutor [Filipe] Froes que colabora com a Liga e sem falar sem os médicos dos clubes… acho estranho. Mas eles ouvem quem querem, nada posso fazer», comentou.

Ainda assim, Pinto da Costa afirmou que se «aquilo que estão a fazer não vier complicar» acha «que há todas as condições para o futebol voltar» em breve.

O líder dos azuis e brancos concluiu de seguida: «Porque se não pode voltar, então não há atividade nenhuma que possa. Corre muito mais perigo um empregado de restaurante do que um jogador na casa dos 20 ou 30 e poucos anos, com alimentação cuidada, e que tem cuidados médicos com máxima atenção. Como corre mais risco que um empregado de uma loja ou de um supermercado? Isso é desvalorizar todos os outros que não são futebolistas.»

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