Sócrates faz «chantagem política» e provoca «desmoronamento das instituições» - TVI

Sócrates faz «chantagem política» e provoca «desmoronamento das instituições»

Assembleia da República

Ferreira Leite diz que PM lançou um desafio ao Presidente da República e ao Parlamento

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A presidente do PSD acusou esta segunda-feira o Governo de ter adoptado uma atitude de «chantagem política» e de «quase desafio» ao Presidente e ao Parlamento, que levou «ao desmoronar total das instituições», refere a Lusa.

Manuela Ferreira Leite falava no início do tradicional jantar de Natal do grupo parlamentar do PSD, na Assembleia da República, num discurso muito crítico em relação ao primeiro-ministro, José Sócrates, que acusou de ter «um projecto de poder pessoal».

«Perante a situação do país, o Governo, em vez de optar por uma governação empenhada e corajosa, tendo em conta os interesses do país, optou por centrar o seu discurso na governabilidade, na chantagem política, na vitimização, e quase num desafio às instituições de soberania como o Presidente da República e a Assembleia da República», declarou a presidente do PSD.

«Como resultado desta opção, estamos a assistir ao desmoronar total das instituições, ao seu descrédito, o que vai desde as empresas públicas até à Administração Pública ou à justiça», acrescentou.

Segundo Manuela Ferreira Leite, as instituições estão num «descrédito como há memória de ter alguma vez acontecido».

«O PS tem de centrar as suas preocupações e as suas políticas nos problemas das pessoas», prosseguiu.

A presidente do PSD defendeu que, apesar da maioria relativa no Parlamento, o Governo tem legitimidade e condições para governar, declarando: «O que foi eliminado, o que acabou, isso sim, foi a possibilidade de o país andar ao sabor das conveniências do engenheiro Sócrates e do PS».

«O Governo tem de explicar os objectivos das suas decisões e os seus fundamentos têm de ser escrutinados. Isto não é estar impedido de governar. É estar impedido, sim, de não olhar a meios ou de os encobrir para atingir os fins», reforçou.

Manuela Ferreira Leite declarou ainda que «o país não suporta mais desperdícios, mais compadrios ou mais manobras de diversão» e antecipou «uma legislatura duríssima, quer pela dificuldade dos problemas, quer porque se tem consciência de que a situação não comporta mais erros nem mais vaidades guiadas pela ambição de um projecto de poder pessoal».
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