Depois do Mundial de Clubes, a introdução do vídeo-árbitro no futebol mundial continua na ordem do dia. E foi esse um dos temas fortes da entrevista de Gianni Infantino ao diário espanhol Marca. Para o presidente da FIFA, as primeiras provas no Japão foram «positivas» e vão ao encontro do seu objetivo no órgão maior do futebol mundial: «Transparência e honestidade». Das contas aos relvados, onde o futebol é «a prioridade».
«Estamos a comprovar se funciona ou não. Em 2016, todos sabem, em poucos segundos, se o árbitro cometeu um erro. Claro que o vídeo-árbitro não vai resolver todos os problemas. Não é a ideia, porque a interpretação do árbitro é que tem de imperar. Mas há situações que podem mudar o resultado de um jogo. Então, para evitar que uma competição como um Campeonato do Mundo seja decidida com um erro do árbitro, decidimos testar», referiu Infantino, que tomou a decisão de implementar a arbitragem com vídeo uma semana após ter chegado à FIFA.
Para Infantino, os testes no Japão deram para aprender. «Nada melhor que a competição para testar», atirou, negando que as evoluções passem pela permissão das equipas em ver determinadas jogadas: «Isso não reflete o protocolo. O árbitro é quem decide e é quem pode perguntar ao vídeo-assistente se tem dúvidas».
O líder suíço-italiano de 46 anos não acredita que a tecnologia em questão deixe o árbitro mais dependente do auricular. Mas alerta para a necessidade de «melhorar a maneira de comunicar decisões ao público do estádio e aos telespetadores», evitando confusões como este golo de Cristiano Ronaldo, no Mundial de Clubes «Os árbitros auxiliares só têm de falar quando há um erro», realçou, ainda.
Para Infantino, não é o vídeo-árbitro que vai acabar com as polémicas. Contudo, deixa uma certeza: «Teremos menos erros dos árbitros».