Depois dos tropeções de Benfica e FC Porto, o Sporting defrontou o V. Guimarães com o aliciante de ganhar pontos aos rivais e, não menos importante, de assumir, ainda que à condição, a liderança da Liga.
Num jogo de nervos, os leões só conseguiram desfazer o nulo aos 84 minutos por Mathieu, com um remate de primeira após cruzamento de Acuña numa altura em que a equipa de Jorge Jesus, já órfã do lesionado Bas Dost, carregava com tudo sobre os minhotos.
O experiente central francês apontou esta quarta-feira o 3.º golo com a camisola leonina, mas este foi o mais importante de todos, até porque permitiu aos leões passarem para a frente do campeonato.
Aos 34 anos, Mathieu parece ter descoberto uma espécie de segunda vida em Alvalade, depois de uma passagem de três anos pelo Barcelona marcada por problemas físicos e utilização residual na última época. Esta temporada soma 2.500 minutos em todas as competições, mais do dobro do tempo de jogo que totalizou em 2016/17.
Caiu definitivamente no «goto» dos adeptos leoninos, talvez inicialmente reticentes em relação ao que poderia acrescentar à equipa de Jorge Jesus um jogador a entrar na fase descendente da carreira. Ao lado de Coates, dá corpo a uma defesa sólida que, no fundo, serve de base para sustentar um leão com uma faceta mais pragmática nesta temporada. Para Jorge Jesus, o central francês não é só importante pela qualidade que aporta à equipa: é-o também pela cultura de títulos que trouxe com ele de Barcelona.
Os números individuais e coletivos, para já, atestam a importância do francês: Mathieu já foi figura principal para o Maisfutebol em cinco dos 29 jogos nos quais participou em 2016/17, e o Sporting soma nesta altura uma média pouco superior a meio golo sofrido por jogo (11). Há um ano, por esta altura, os leões já tinham encaixado 22 tentos.