Aos 40 anos, a despedida. Uma das mais emocionantes despedidas do futebol.
De Rossi e todo o plantel, Spalletti e toda a equipa técnica, adeptos aos milhares na mítica Curva Sud e em cada setor do Olímpico... Todos de lágrimas nos olhos, enquanto Totti, em família, dava uma merecida e emocionada volta ao estádio.
À 25.ª época como profissional na sua Roma (chegou em 1989 e estreou-se como sénior em 1992, aos 16 anos), Francesco mostrou que, apesar de todo o futebol que tem nas pernas, não é eterno como a sua cidade. E disse «arriverdeci».
Entrou em campo aos 54 minutos com uma braçadeira assinada por todos os companheiros de equipa, para o seu 619.º e último jogo na Serie A, e ajudou a Roma a garantir, no último minuto da última jornada, a vitória sobre o Genoa (3-2) que conservou o segundo lugar que vale o acesso direto à Liga dos Campeões.
Na despedida, um discurso tocante de «Il Capitano», que «queria fazer uma música ou um poema».
Ecco l'accoglienza della #CurvaSud per @Totti 👑💛❤️#ThanksTotti #TottiDay #Totti pic.twitter.com/o3ccElrAfm
— AS Roma (@OfficialASRoma) 28 de maio de 2017
«Esta despedida é como quando és criança e a tua mãe te desperta de um sonho bonito e te acorda para ires à escola. Desta vez, é realidade. Mas não queria acordar. Queria continuar a sonhar.»
As palavras e as lágrimas da despedida de Totti dos relvados marcaram um fim-de-semana de taças, em Portugal (onde o Benfica venceu a sua 26.ª) e pela Europa.
Taças pela Europa e um campeão na Turquia
Em Espanha, noutra despedida, do Estádio Vicente Calderón, em jogos oficiais, o Barcelona minorou os efeitos de uma época dececionante ao conquistar a Taça do Rei ao Alavés por 3-1.
Foi a final de Lionel Messi (pois claro!), que garantiu aos catalães a 29.ª taça da sua história (somando agora tantas quantas Real Madrid, 19, e Atlético de Madrid, 10, juntos).
Também no sábado, o Arsenal salvou a imagem de uma época abaixo das expetativas ao vencer a Taça de Inglaterra, por 2-1, sobre o rival e campeão inglês Chelsea, naquela que poderá ter sido a despedida de Wenger.
Ao vencerem por 2-1 o dérbi londrino, em Wembley, os Gunners conquistaram o troféu pela 13.ª vez, a terceira nas últimas quatro épocas, tornando-se no clube com mais conquistas (à frente do Manchester United, que tem 12).
Numa semana de Taças nos grandes países do futebol europeu, destaque também para o Borussia Dortmund, que conquistou o troféu na Alemanha, ao vencer o Eintracht Frankfurt por 2-1, e para o Paris Saint-Germain, que venceu pela margem mínima (1-0) o Angers. Fora deste eixo, houve também campeões, como o Besiktas, que se sagrou bicampeão da Turquia (13.º título), a uma jornada do fim, com Quaresma e também Aboubakar e Talisca a fazerem a festa pela conquista.
Sorrisos de celebração na Turquia, naturalmente. Porém, deste este último domingo de maio nada nos fará esquecer as lágrimas de Totti.