[Artigo actualizado às 23:23]
O incêndio que deflagrou esta tarde junto à Fábrica da Pólvora, em Oeiras, encontra-se em fase de rescaldo desde as 19:40, disse à agência Lusa o comandante da zona operacional do concelho.
O alerta de fogo foi dado às 17:14, tendo sido mobilizados para o local 55 bombeiros de nove corporações de Oeiras, Lisboa, Sintra, Amadora e Cascais, apoiados por 16 viaturas e um avião.
As chamas, cuja origem é ainda desconhecida, queimaram cerca de 1,5 hectar do parque da Fábrica da Pólvora, propriedade da Câmara Municipal de Oeiras, atingindo uma vasta zona arborizada e alguns edifícios em ruínas.
«O fogo deflagrou dentro do perímetro da fábrica e chegou a antigos casebres e armazéns e à plantação, embora tenha chegado a estar a 50 metros dos edifícios que são utilizados e funcionam activamente. Se tivesse chegado mais perto, as coisas iam complicar-se bastante», explicou à Lusa o comandante da zona operacional de Oeiras, Carlos Jaime.
Segundo o responsável, o incêndio esteve ainda «muito próximo» de algumas vivendas em Leceia mas nenhuma casa chegou a ser evacuada.
Além dos bombeiros, que não deverão concluir os trabalhos antes das 22:30, estiveram presentes dois elementos da GNR de Queijas e 12 funcionários da Divisão do Ambiente da Câmara de Oeiras, mobilizados para a limpeza dos terrenos e apoiados por dois tanques e uma retroescavadora.
No local esteve ainda o presidente da autarquia, Isaltino Morais, e a vereadora do Ambiente, Madalena Castro, que lamentou os «prejuízos paisagísticos e a nível de parque arbóreo» e garantiu continuar a acompanhar de perto o processo de limpeza e o eventual derrube de árvores fragilizadas pelas chamas.
A responsável adiantou ainda que uma «boa parte» dos terrenos da Fábrica da Pólvora são controlados por um sistema de videovigilância que, a par da investigação dos bombeiros, será uma mais-valia no apuramento das causas do incêndio.
A Fábrica da Pólvora de Barcarena, cuja construção deverá remontar ao século XV, foi desactivada em 1988 e adquirida pela Câmara de Oeiras à INDEP - Indústrias de Defesa, E.P., em 1994.
Actualmente, alguns dos edifícios são utilizados para variadas actividades culturais e de lazer, com destaque para o Museu da Pólvora.
Segundo Madalena Castro, os edifícios em ruínas hoje atingidos pelas chamas estão a ser alvo de um estudo por parte da autarquia, que irá recuperá-los para fins ainda não definidos.
Incêndio de Oeiras entra em rescaldo
- Portugal Diário
- 23 ago 2007, 20:16
Estiveram no local 50 bombeiros, apoiados por 16 viaturas
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