F1: Ricciardo vence em Monza em tarde para esquecer de Max e Hamilton - TVI

F1: Ricciardo vence em Monza em tarde para esquecer de Max e Hamilton

McLaren faz 1-2 pela primeira vez desde Canadá 2010. Norris foi segundo, Bottas terceiro numa grande recuperação. Holandês da Red Bull e britânico da Mercedes colidiram e ficaram de fora

Um ano depois, o «templo da velocidade» voltou a surpreender.

Um ano depois de uma vitória épica de Pierre Gasly em Monza, Daniel Ricciardo venceu, este domingo, o Grande Prémio de Itália, numa tarde enorme da McLaren, que teve Lando Norris em segundo lugar. Foram precisos 11 anos para ver nova «dobradinha»: desde Canadá 2010 que a McLaren não fazia 1-2 num Grande Prémio.

Max Verstappen e Lewis Hamilton colidiram e ficaram de fora – ambos de forma inédita – a meio de uma corrida que foi para esquecer para a Alpha Tauri (Tsunoda não arrancou com problemas técnicos e Gasly abandonou à quinta volta) e que teve emoção logo desde início.

Daniel Ricciardo assumiu o comando logo na curva 1 após o arranque, passando Verstappen antes da primeira faísca de Hamilton com o holandês, que não permitiu a ultrapassagem do Mercedes. Ainda na volta inicial, Giovinazzi viu a corrida estragar-se depois de um choque com Sainz, que relegou o Alfa Romeo para os últimos lugares.

Com Ricciardo a bom ritmo na frente, Verstappen foi comunicando à equipa que estava difícil seguir a traseira do McLaren e, enquanto isso, Valtteri Bottas ia dando «show» lá atrás: ainda não estavam cumpridas metade das 53 voltas e o finlandês já tinha ido do 19.º lugar até aos pontos.

Depois, tudo animou a partir da volta 23: Ricciardo foi à «box» e Verstappen respondeu na volta 24 com o momento que talvez espoletou o maior dos frenesins na corrida: numa rara longa paragem de 11,1 segundos, o holandês da Red Bull saiu atrás de Bottas e de Stroll no 10.º lugar. Ao mesmo tempo, e fruto das paragens de Ricciardo e Verstappen, Hamilton passava Norris para liderar a corrida. Os ânimos aqueceram e tudo parecia subitamente complicar-se (muito) para Max... quando o início da volta 26 acendeu aquilo que é a luta maior pela vitória no Mundial.

Logo a seguir a liderar, Hamilton acabou por ir à «box» e saiu um tudo-nada à frente de Verstappen, que aproveitou o embalo para tentar a ultrapassagem na curva 1. Não conseguiu, mas ambos colaram lado a lado na curva 2 e foram à gravilha, com a traseira do Red Bull totalmente encavalitada na frente do Mercedes do britânico. Menos mal de tudo: o halo a provar, mais uma vez, que tem importância nos monolugares. Não fosse isso e talvez o pneu traseiro direito de Max tivesse batido no capacete de Hamilton.

Com o «virtual safety car» em pista, praticamente todos os 16 carros ainda em prova aproveitaram para uma paragem de borla e Ricciardo voltou a assumir o comando até final a partir da volta 30. Quem perdeu mesmo foi Leclerc, que era segundo no recomeço e ficou para trás numa brava investida de Norris, seguida de outras de Perez e Bottas.

Ricciardo, que tinha parado primeiro, foi sofrendo para manter ritmo – e até Norris deu a dica à McLaren para o australiano acelerar – mas conseguiu mesmo segurar-se para vencer de novo e pela primeira vez uma corrida desde Mónaco 2018, esta ainda na Red Bull. Oitava vitória da carreira de um dos mais carismáticos e simpáticos nomes do pelotão da Fórmula 1, numa tarde em que levou ainda o ponto extra pela volta mais rápida.

Bottas, que partiu de penúltimo, viu provada a confiança que tinha deixado, na véspera, de que ia acabar no pódio. Acabou em terceiro, beneficiando de uma penalização de cinco segundos a Perez, que ditaram o quinto lugar para o mexicano e, assim, o quarto para Leclerc. Nota, ainda, para o abandono de Mazepin nas voltas finais: não é mesmo o ano da Haas.

CLASSIFICAÇÃO FINAL EM MONZA (TOP-10):

Na luta do Mundial de pilotos, tudo na mesma no topo: Verstappen com 226,5 pontos, Hamilton com 221,5 e agora Bottas com 142. Norris é quarto, com 132, com nota ainda para Ricciardo, que subiu a oitavo com 83 pontos.

Por equipas, a Mercedes aumentou ligeiramente a vantagem devido à prestação de Bottas: tem 362,5 pontos, para 344,5 da Red Bull. Salto maior para a McLaren, que está de novo no terceiro lugar perdido há uma semana para a Ferrari: 215 pontos da equipa britânica para 201,5 da escuderia italiana.

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