António Fiúsa critica silêncio da Liga sobre reintegração do Gil Vicente - TVI

António Fiúsa critica silêncio da Liga sobre reintegração do Gil Vicente

António Fiúza

Ex-presidente do clube de Barcelos elogia posição firme da FPF

O antigo presidente do Gil Vicente António Fiúsa congratulou-se hoje com a tomada de posição da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), que exige a reintegração do clube de Barcelos na I Liga na próxima época.

«A FPF esteve muito bem ao fazer este comunicado para clarificar isto tudo. Já há dois anos que o Gil Vicente era para ter subido, mas manobras de bastidores e tráfico de influências de alguns clubes que nunca querem descer, fizeram com que fosse retirado esse ponto na ordem de trabalhos numa assembleia-geral da Liga», afirmou à Lusa o antigo dirigente.

Em comunicado, a FPF disse não aceitar que «as expectativas criadas em todas as entidades e agentes desportivos, por via das alterações regulamentares e deliberações tomadas no seio da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP), sejam frustradas neste momento, com impactos negativos em todas as competições seniores nacionais», acrescentando que não terá «uma atitude passiva» nesta matéria.

O Gil Vicente viu a Liga anunciar a sua reintegração na I Liga a 12 de dezembro de 2017, na sequência de uma decisão do Tribunal Administrativo do Círculo de Lisboa, em 2016, que declarou nula a decisão de descida do Gil Vicente tomada pelo Conselho de Justiça da FPF, em agosto de 2006, por alegada irregularidade na utilização de Mateus, avançado angolano, atualmente no Boavista.

Fiúsa defendeu que a Liga devia também ter participado neste comunicado e deixou duras críticas ao seu presidente: «O senhor Pedro Proença é um jogador e como estamos em ano de eleições está a jogar em vários tabuleiros, mas tem que haver justiça, todos os tribunais deram razão ao Gil Vicente. Já prejudicaram de mais o Gil. Basta!»

Atualmente, o Gil Vicente disputa a Série A do Campeonato de Portugal (terceiro escalão), sem que os seus jogos contem para a classificação, por determinação federativa.

Recentemente, vários clubes do principal escalão admitiram recorrer à justiça para impugnar o campeonato, alegando que a decisão judicial de 2016 não obriga à reintegração do clube de Barcelos.

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