«Fui à Nicarágua, ouvi tiros ao longe e só lia: mais dez mortos, mais 15» - TVI

«Fui à Nicarágua, ouvi tiros ao longe e só lia: mais dez mortos, mais 15»

Médio do Sporting, Francisco Geraldes, conta episódio «surreal» que viveu numa viagem

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Em dia do 25.º aniversário, o futebolista português Francisco Geraldes assumiu que o regresso ao Sporting, após a meia época inicial no AEK Atenas, na Grécia, é uma oportunidade para recomeçar o percurso no clube de formação.

«Acho que há sempre espaço para recomeçar. Isto só acaba no fim. Se há uma oportunidade para voltar a tentar, é aproveitar. O meu objetivo principal é jogar o mais possível, ainda mais no Sporting. Não gosto de fazer planos a longo prazo, porque o mais importante, sempre, é o agora», referiu Geraldes.

O médio de 25 anos afirmou ainda que a paragem nas competições profissionais, devido à pandemia da covid-19, não chegou na melhor altura para si, quando estava a começar a ser utilizado no Sporting. «Esta fase vem pôr um travão no que vinha a ser feito, mas não importa o que aconteceu, sim o presente», apontou.

Geraldes fez já três participações em jogos na I Liga 2019/2020 pelo Sporting: oito minutos em Alvalade ante o Boavista, depois 15 em Famalicão e mais 45 em casa, ante o Desportivo das Aves.

Numa conversa realizada com Carolina Mendes, também jogadora do Sporting, Geraldes lembrou ainda um episódio «surreal» que viveu numa das suas viagens pessoais, no Nicarágua.

«Fui sozinho para a Nicarágua e não sabia que eles estavam constantemente em guerra civil. Fui em viagem de surf, tinha uma pessoa para me receber no aeroporto que me disse para pôr as pranchas dentro do carro, para não dar nas vistas. Ouvi tiros ao longe e só lia: mais dez mortos, mais 15…», recordou, revelando ainda os ídolos que tem no futebol. «O meu jogador preferido de sempre é o Zidane. Foi sempre uma grande influência. Dentro do Sporting, fui vendo os jogadores lá em cima a passar, como o Liedson, o Adrien…», enumerou.

O português abordou, também, a decisão de ir ao supermercado e à farmácia para adquirir, a par do humorista Diogo Faro, bens necessários para os vizinhos com maior dificuldade, como idosos, na Avenida de Roma, Avenida dos EUA e Alvalade, em Lisboa.

«Foi a minha educação, não sou egoísta e é um dever ético e moral ajudar quem não tem possibilidade. As pessoas mais carenciadas foram as pessoas com mais idade, mas por Instagram não conseguem fazer muitos pedidos», considerou, dizendo também que, em relação à experiência no AEK, «quando os fatores chave não funcionam, não há como continuar».

«Eu fui com o Miguel Cardoso para o AEK, porque ele foi meu treinador no Rio Ave. Ele foi despedido na primeira jornada e eu tinha um empréstimo sem opção de compra. O futebol grego é muito anárquico, é uma liga periférica, não faz parte do topo. Mas o AEK é um bom clube», notou.

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