Aeroporto do Porto derrapa quase 100 milhões - TVI

Aeroporto do Porto derrapa quase 100 milhões

Aeroporto do Porto derrapa quase 100 milhões

Obras de ampliação custou mais 32 por cento do que o previsto

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A ampliação do Aeroporto Francisco Sá Carneiro teve uma derrapagem de custo na ordem dos 32 por cento, correspondente a 98,8 milhões de euros, face ao valor inicialmente contratualizado, de 308,2 milhões.

Segundo uma auditoria levada a cabo pelo Tribunal de Contas, os factores para os desvios nas contas foram transversais a toda a obra.

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O atraso na obtenção da declaração de Impacte Ambiental afectou o cumprimento dos prazos da obra. Também a morosidade na análise das propostas relativas à empreitada de construção do novo terminal de passageiros sofreu um atraso de 18 meses que acabou por se reflectir nas restantes obras do aeroporto.

Euro 2004 atrasou aeroporto

O relatório, que a Agência Financeira consultou, refere que a progressão da obra foi ainda afectada por condições meteorológicas desfavoráveis e pelo Euro 2004, que em Outubro de 1999, implicou um ajustamento no plano de desenvolvimento do aeroporto, uma vez que no projecto inicial o evento desportivo não estava previsto.

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Houve ainda outras alterações aos projectos que provocaram atrasos na sua aprovação e posteriormente em toda a obra.

No que diz respeito à construção, a obra iniciou-se em Novembro de 2000 e terminou em Março do ano passado, o que significa um atraso de quatro anos - a data prevista para a conclusão da obra era Março de 2003.

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A ampliação do aeroporto custou mais de 406 milhões de euros, sendo 85 por cento respeitante às empreitadas e 13 por cento às aquisições de bens e serviços.

Do custo global da obra de ampliação (406,9 milhões de euros), 85 por cento foi imputado às empreitadas (345,8 milhões de euros) e 13 por cento às aquisições de bens e serviços (55,5 milhões de euros).

Financiamento para empreitada

De acordo com a auditoria, a ANA fez face aos custos com fundos próprios no valor de 174 milhões de euros, com fundos comunitários do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER) no montante de 24,9 milhões de euros e com recursos obtidos por via do endividamento bancário que atingiram 208 milhões de euros.

Destes 208 milhões de euros, 168 milhões foram provenientes do Banco Europeu de Investimento (BEI) e 40 milhões oriundos de descobertos bancários.
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