Mais de 30 mil funcionários públicos despedidos em breve - TVI

Mais de 30 mil funcionários públicos despedidos em breve

Desemprego

Governador planeia pedir um empréstimo de 1,2 milhões

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Mais de trinta mil funcionários públicos de Porto Rico, cerca de 14 por cento da força de trabalho pública, podem ser despedidos em breve, anunciou o governador daquela ilha que é considerada um protectorado dos Estados Unidos.

Para limitar os efeitos da crise, o governante adiantou também que serão introduzidos novos impostos.

Num breve discurso televisivo, citado pela Lusa, o governador Luis Fortuno traçou um plano para reduzir o peso da função pública e instituiu novos impostos para aumentar as receitas fiscais na ilha, que vai no seu terceiro ano de recessão.

O governo é em Porto Rico o principal empregador, com 218 mil pessoas, o que corresponde a 21 por cento da força de trabalho da ilha que tem 3,9 milhões de habitantes.

Analistas económicos têm aconselhado Porto Rico, cujo défice orçamental é de 3.2 mil milhões de dólares a cortar nos próximos anos nas despesas com salários.

«O governo é demasiado grande e gasta muito», disse Fortuno.

O governador, um republicano que é líder do Novo Partido Progressivo, disse que Porto Rico enfrenta agora a sua pior crise financeira em décadas.

Empréstimo de 700 milhões para pagar aos fornecedores

Fortuno disse não ter o número exacto de quantos trabalhadores serão despedidos, adiantando todavia recear que esse número ultrapassará os trinta mil.

«Todos nós temos de enfrentar a realidade de uma bancarrota governamental e trabalhar juntos para um futuro de progresso e oportunidades. O governo pode estar falido mas Porto Rico não está», disse Fortuno que declarou uma emergência fiscal pouco depois de ter tomado posse a 02 de Janeiro.

Enquanto isto, o governador planeia pedir um empréstimo de 1,2 milhões de dólares a um banco do Estado para pagamento de dívidas e financiar um pacote de recuperação económica.

Vai ainda pedir ao Banco de Fomento um empréstimo de 700 milhões de dólares para pagar as dívidas aos fornecedores do Governo. Tentará também arranjar 500 milhões de dólares para construir estradas, hotéis e escolas para contrariar a taxa de crescimento negativo do país.
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