A Frente Comum de Sindicatos da Administração Pública reafirmou esta quarta-feira o seu repúdio pelo novo estatuto disciplinar da administração pública e prometeu que os trabalhadores se vão mobilizar contra este novo diploma.
Segundo a agência «Lusa», no final da primeira reunião negocial com o secretário de Estado da Administração Pública, a coordenadora da Frente Comum, Ana Avoila, considerou que o encontro «correu mal» porque está em causa «uma legislação muito negativa para os trabalhadores».
«Não se pode melhorar uma coisa que não presta», disse.
A sindicalista referiu como exemplo o facto de os trabalhadores com duas avaliações negativas poderem ser sujeitos a um processo disciplinar com vista ao despedimento.
Lembrou ainda a possibilidade de as penas, na sequência de processo disciplinar, poderem ser aplicadas aos trabalhadores que entretanto se aposentaram.
«Isto é ridículo e é uma das coisas que tem que sair do diploma», disse.
«Temos que ir para os locais de trabalho fazer reuniões e plenários para que os trabalhadores percebam o que está em causa e se mobilizem para a luta», afirmou Ana Avoila, acrescentado que os funcionários públicos vão poder manifestar o seu descontentamento a 16 e 17 de Abril, nas manifestações que a CGTP convocou para o Porto e Lisboa.
Calendário negocial marcado
Segundo a sindicalista, a reunião desta quarta-feira com o Governo serviu basicamente para marcar o calendário negocial para os próximos dois meses e meio para discutir matérias como o regime de contrato de trabalho, carreiras e grelha salarial e protecção social.
Foram ainda discutidos alguns pontos em concreto sobre o estatuto disciplinar, nomeadamente aqueles que prevêem o despedimento.
Frente Comum repudia estatuto disciplinar e vai continuar luta
- Redação
- Lusa/RPV
- 26 mar 2008, 14:30
Encontro com secretário de Estado da Administração Pública «correu mal»
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