FMI revê em alta previsões para a economia portuguesa - TVI

FMI revê em alta previsões para a economia portuguesa

Na conclusão da quinta avaliação pós-programa de assistência, os técnicos do FMI apontam para um crescimento de 1,3% para 2016 e 2017

O Fundo Monetário Internacional reviu em alta as previsões para a economia portuguesa para este ano e para o próximo.

Na conclusão da quinta avaliação pós-programa de assistência, os técnicos do FMI apontam para um crescimento de 1,3% para 2016 e 2017.

O valor de 2016 fica acima do projetado pelo Governo.

O Fundo Monetário Internacional está também mais otimista quanto à redução do desemprego: aponta para uma queda da taxa de desemprego para 11% este ano e 10,6% em 2017. 

No que toca ao défice, o FMI mantém as previsões acima das do Governo de 2,6% para este ano e de 2,1% no ano que vem. O Fundo Monetário Internacional estima que seria necessário mais 700 milhões de euros em austeridade para atingir a meta prevista pelo Governo, defendendo uma "reforma duradoura" na despesa.

Num comunicado, o FMI informa que analisou o Orçamento do Estado para 2017 (OE2017) e prevê que, com base nas medidas do documento, o défice orçamental desça para 2,1%, abaixo da meta de 1,6% prevista pelo Governo.

Alcançar o objetivo do Governo [para 2017] exigiria um esforço estrutural adicional de 0,4% do PIB [ou cerca de 700 milhões de euros]. Um esforço de consolidação baseado em reformas na despesa duradouras, seria mais favorável ao crescimento económico do que reduzir o investimento público", afirma a equipa liderada por Subir Lall.

Ainda assim, as estimativas do FMI são agora mais otimistas do que eram em outubro, quando a instituição divulgou as últimas previsões referentes a Portugal, prevendo que o défice orçamental português representasse 3% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2016 e 3% em 2017.

A entidade sediada em Washington estima agora que Portugal termine o ano com um défice orçamental de 2,6% do PIB, uma previsão que fica acima dos 2,5% exigidos pela Comissão Europeia e dos 2,4% inscritos no OE2017.

Ainda assim, o FMI afirma que "as metas orçamentais do Governo para 2016 podem ser alcançadas" e destaca que os "fortes esforços" do executivo para conter o consumo intermédio, juntamente com uma contenção do investimento público, "mitigaram o impacto de uma quebra significativa na receita prevista no défice".

Por outro lado, o Fundo antevê que a dívida pública atinja os 131% do PIB no final de 2016 e que desça apenas ligeiramente, para 130% do PIB, no próximo ano.

No OE2017, o Governo prevê que a dívida pública aumente de 129% do PIB em 2015 para 129,7% do PIB este ano, estimando retomar uma trajetória de redução em 2017, para os 128,3%.

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