Ricardinho: «Mundial? Passei o mesmo que a Biles, cada dia era um sofrimento» - TVI

Ricardinho: «Mundial? Passei o mesmo que a Biles, cada dia era um sofrimento»

Craque do futsal não revela futuro na Seleção Nacional, mas diz que tem uma decisão tomada

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Um dos melhores jogadores de futsal de sempre,  Ricardinho conseguiu este verão o grande título que lhe faltava na carreira: o Mundial por Portugal.

Em entrevista ao jornal Marca, o internacional português confessou, no entanto, que mentalmente foi muito difícil disputar a prova.

«É a primeira vez na minha vida que acabo com este esgotamento. Tudo o que aconteceu no ano passado ajudou-me a sentir assim. Ganhámos o Mundial e no dia seguinte fui para Paris, precisava de um tempo sozinho, nem visitei a família. Sei que não é justo, mas só queria respirar e dormir», começou por dizer.

«Este ano foi muito difícil para mim. A cabeça é que manda, vimos o caso com a Simone Biles [nos Jogos Olímpicos] e isso tocou-me muito. Aconteceu-me no Mundial, cada dia era um sofrimento para mim. Dediquei-me tanto a isto que esqueci tudo o resto e agora o meu corpo desmoronou», confessou depois.

O jogador de 36 anos falou também sobre a permanência no ACCS, de França, mas garantiu que sairá para outro clube se as coisas não correrem bem.

«Agora preciso de um tempo para mim, já falei com o clube. Preciso de recuperar o tempo que dediquei ao Mundial. Psicologicamente, estou rebentado. Treinei e fisicamente estou bem, mas psicologicamente não. O meu objetivo já não é ser o melhor ou conquistar o que quer que seja. O que está feito está feito», revelou.

«A ideia é ficar no mínimo até dezembro [no ACCS], para que eles tenham oportunidade de reconstruir tudo o que ficou mal economicamente este ano. Vou dar-lhes uma oportunidade. Se as coisas não correrem bem, em dezembro procuro outro clube para ser emprestado. Se o ACCS não subir de divisão, vou procurar outro clube. Tenho muitas ofertas de Portugal, Espanha, Rússia, Itália, Brasil...», garantiu.

E o futuro na Seleção Nacional: «Sobre isso não posso avançar muito. Nas próximas duas semanas, no máximo, darei uma conferência de imprensa para falar sobre o futuro. Não quero atrasar muito a minha decisão. (...) Tenho uma decisão tomada. Acho que é uma boa hora para falar, mas vai depender muito do que a minha cabeça me disser. Estou com as coisas claras na minha cabeça, mas ainda tenho algumas dúvidas.»

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