Ministro da economia confia no aval da Petrocer à compra da rede da Shell (Act.)

(Actualiza com declarações do presidente do BPI)

Na apresentação dos termos deste contrato, os ministros da tutela, Álvaro Barreto e Bagão Félix, adiantaram que a decisão sobre a eventual compra deste postos de abastecimento caberá ao Governo e à administração da Galp, que apenas informarão o novo accionista dos moldes em que foi feita esta aquisição. Os governantes adiantaram não existirem ainda garantias de que este negócio se concretizará dada a existência de elevada concorrência. Ainda assim, a acontecer a Petrocer reserva-se ao direito de num prazo de 20 dias confirmar se dá o seu aval ao negócio ou se desiste da compra da Galp.

No entanto, Álvaro Barreto afirmou estar «pessoalmente convencido que vai haver um acordo nesta questão», acrescentando que esta «é uma via estratégica para o crescimento da Galp em Espanha».

Questionado o presidente da Galp quanto ao timing para a conclusão das negociações coma Shell, Ferreira do Amaral, adiantou saber apenas que a empresa holandesa gostaria de ver «concluído o negócio durante o mês de Agosto». O responsável escusou-se a falar dos valores da proposta, mas admitiu que esta «possa vir a ser ajustada» devido à concorrência.

Por seu lado, o presidente do BPI, Artur Santos Silva, sublinhou o «forte empenhamento» do consórcio para que a Galp venha a atingir uma das metas que assumiram no contrato, que é ter uma quota ibérica entre os 12% e os 15%. Objectivo que «esta oportunidade (da compra da Shell) proporciona», afirmou.

Santos Silva acrescentou ainda que, a partir do momento em que foram concluídas as negociações com a Parpública, a Petrocer só teve acesso «a informação parcial e limitada». Por isso, fazem votos para que com informação adicional que seja posteriormente proporcionada possam «dar toda a caução a esta operação».