Ciclismo: UCI iliba Chris Froome em investigação antidoping - TVI

Ciclismo: UCI iliba Chris Froome em investigação antidoping

Chris Froome

Agência Antidoping Internacional considera que a amostra de Froome não constitui uso irregular do broncodilatador salbutamol

A União Ciclista Internacional anunciou esta segunda-feira que foi concluído o inquérito a Chris Froome e que o uso do broncodilatador salbutamol não foi feito de forma irregular.

Recorde-se que o vencedor das edições de 2013, 2015, 2016 e de 2017 da Volta a França estava a ser investigado por um controlo antidoping positivo após a 18.ª etapa da Volta a Espanha de 2017, altura em que uma análise à urina acusou a presença do broncodilatador salbutamol em níveis superiores aos permitidos pela Agência Mundial Antidopagem.

Em comunicado pode ler-se que «a UCI analisou detalhadamente todas as provas relevantes (consultando os seus próprios peritos e peritos da Agência Mundial Antidopagem [AMA]). Em 28 de junho de 2018, a AMA informou a UCI de que aceitaria, baseada nos factos específicos deste caso, que os resultados da amostra de Froome não constituíssem um AAF [sigla em inglês para resultado analítico adverso]».

«A UCI decidiu assim, com base na decisão da WADA, concluir o inquérito contra Froome».

O Ventilan, nome comercial do salbutamol, é um dos medicamentos mais utilizados no tratamento da asma e é permitido pela AMA sem necessidade de requerer uma isenção de uso terapêutico quando inalado até 1.600 microgramas num período de 24 horas e não mais do que 800 em 12 horas.

A análise de Froome acusou uma concentração de 2.000 nanogramas por mililitro, o dobro do autorizado, mas, como salvaguarda a UCI, a «lista proibida da AMA prevê que um atleta possa estabelecer que o seu resultado anormal foi consequência de um uso permitido e nesse caso não será considerado um AAF».

«Embora a UCI tivesse, obviamente, preferido que o processo tivesse tido termo no início da temporada, tinha de garantir que Froome tivesse um processo justo, como teria feito com qualquer outro corredor, e que a decisão correta fosse tomada. Tendo recebido a posição da AMA em 28 de junho de 2018, a UCI preparou e emitiu a decisão formal fundamentada o mais rapidamente possível», acrescenta o organismo.

Além das edições de 2013, 2015, 2016 e 2017 da Volta a França, o britânico de 33 anos conquistou Vuelta de 2017 e o Giro já este ano.

«A UCI entende que haverá uma discussão significativa sobre essa decisão, mas quer tranquilizar todos os envolvidos e interessados no ciclismo que esta decisão é suportada em opiniões de peritos, por conselhos da AMA e uma avaliação completa dos factos do caso. A UCI espera que o mundo do ciclismo possa agora focar-se e aproveitar as próximas corridas do calendário», concluiu.

A 105.ª edição da Volta a França em bicicleta vai ser disputada entre sábado e 29 de julho.

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