Sporting-Sp. Braga, 2-0 (crónica) - TVI

Sporting-Sp. Braga, 2-0 (crónica)

Sem interferências no enterro do fantasma Sem interferências no enterro do fantasma

O fantasma que pairava em Alvalade sobre o Sporting desde a passada quinta-feira europeia negra foi esta segunda-feira (esperam certamente os leões) guardado a sete chaves no baú das recordações. A equipa de Fernando Santos partiu para cima do adversário à procura da vitória que, além dos três pontos equivalentes à manutenção do segundo lugar na Superliga (de especial importância anímica, quer para a equipa quer para os adeptos), daria a reconciliação com a massa associativa (a paixão pelo futebol é isso mesmo e raras são as vezes em que não é assim). Conseguiu-o. Venceu o Sp. Braga por 2-0. Fez uma exibição convincente frente ao adversário que se lhe apresentou e obteve um triunfo justo.

No que respeitava à atitude que a equipa de Fernando Santos terá exigido si própria, esta correspondeu. Desde cedo os jogadores do Sporting quiseram apagar qualquer foco de protestos (prontos a eclodir com qualquer prestação menos conseguida, por mínima que fosse), que se mostraram ainda antes de o encontro começar com as faixas da claque Directo Ultra XXI a serem colocadas e cabeça para baixo. O primeiro capítulo da reconciliação deu-se logo aos quatro minutos, quando a má actuação de António Costa ficou ilustrada com um penalty por falta e Pedro Costa sobre Liedson.

O Sporting entrou de rompante e qualquer nervosismo (por memórias recentes) que o Braga quisesse aproveitar começou a deixar de ter sentido. As duas equipas entraram em campo com sistemas tácticos iguais, mas, enquanto os trio do meio-campo sportinguista se preocupava em municiar os três avançados, o trio do meio-campo do Braga tinha como missão apoiar o quarteto defensivo da equipa. O convite aos jogadores da casa para atacarem estava feito. Tremideira inicial não se notou; qualquer ponta de nervosismo que estivesse latente foi cortada à meia-hora de jogo, com o golo de João Pinto ¿ talvez um dos que tinha o desaire (e a exibição) com o Gençlerbirligi mais atravessada na garganta.

O Sp. Braga reagiu. Pena reforçou o ataque (e bem) e a equipa visitante parecia querer repartir a iniciativa dos ataques. Mas o Braga ficou-se pelas promessas tímidas. A aposta por uma estratégia mais ofensiva permitiu que o Sporting conseguisse numa boa jogada, iniciada por Miguel Garcia e terminada por Silva, o que antes só tinha conseguido após a marcação de um canto.

A tal reacção bracarense não se traduziria então (de todo) no equilíbrio do jogo. A equipa de Jesualdo Ferreira apenas parece ter tomado uma atitude de não ter nada a perder quando o vencedor do jogo parecia já estar encontrado. O domínio da partida e também as melhores oportunidades para fazer o marcador funcionar novamente continuaram a pertencer ao Sporting. Os leões controlaram bem a vontade adversária (chegando o espectáculo a descer bastante de interesse, em alguns momentos) e a ter havido mais golos deveriam ter sido para os da casa.

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