Empresário José Veiga e Paulo Santana Lopes detidos - TVI

Empresário José Veiga e Paulo Santana Lopes detidos

José Veiga e Paulo Santana Lopes

Em causa estão os crimes de branqueamento de capitais, tráfico de influências e corrupção no comércio internacional

O empresário José Veiga e o irmão de Santana Lopes, Paulo Santana Lopes, foram detidos esta quarta-feira, apurou a TVI.

Em causa estão os crimes de branqueamento de capitais, tráfico de influências, fraude fiscal e corrupção no comércio internacional. A investigação está a cargo do Departamento de Investigação e Acção Penal (DCIAP).

Há também uma terceira pessoa detida, uma advogada que trabalha com José Veiga e Paulo Santana Lopes.

Caso remonta a 2014 e, entre outros factos, envolve largas dezenas de milhares de euros, com origem no Congo, não declarados às autoridades.

Tanto José Veiga, como Paulo Santana Lopes estão detidos na Polícia Judiciária (PJ) e vão ser sujeitos a primeiro interrogatório judicial, para eventual aplicação das medidas de coação, devendo ser hoje ou na quinta-feira inquiridos por um juiz do Tribunal Central de Instrução Criminal.

A informação também já foi confirmada pela PJ através de um comunicado. 

Durante a operação, efetuada pela Unidade Nacional de Combate à Corrupção (UNCC) nas zonas de Lisboa, Braga e Fátima, foram realizadas 35 buscas, num total de 120 elementos da PJ e 10 magistrados

 

Os detidos – com idades compreendidas entre os 53 e os 57 anos de idade – celebravam contratos de fornecimento de bens e serviços relacionados com obras públicas, construção civil e venda de produtos petrolíferos, entre diversas entidades privadas e estatais

Na operação, dirigida pelo DCIAP, foram ainda apreendidos vários imóveis, viaturas de alta gama e saldos bancários. A PJ explica ainda que:

Os proventos gerados com esta atividade eram utilizados na aquisição de imóveis, veículos de gama alta, sociedades não residentes e outros negócios, utilizando para o efeito pessoas com conhecimentos especiais e colocadas em lugares privilegiados, ocultando a origem do dinheiro e integrando-o na atividade económica licita, acrescenta o documento

Também a Procuradoria-Geral da República (PGR), divulgou um comunicado onde esclarece que:

"Existem suspeitas dos crimes de corrupção no comércio internacional, branqueamento de capitais, tráfico de influência, fraude fiscal e participação económica em negócio na compra e venda de ações de uma instituição financeira estrangeira, ações detidas por instituição de crédito nacional"

A investigação tem dimensão internacional, apresentando ligações com os continentes europeu, africano e americano, acrescenta a nota da PGR adiantando que esta a ser também investigada a origem de fundos movimentados noutros negócios em que são intervenientes os suspeitos, nomeadamente, a celebração de contratos de fornecimento de bens e serviços, obras públicas e venda de produtos petrolíferos.

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