Covid-19: OMS insta Brasil a tomar medidas agressivas face a situação “muito preocupante” - TVI

Covid-19: OMS insta Brasil a tomar medidas agressivas face a situação “muito preocupante”

  • .
  • MJC
  • 5 mar 2021, 18:59
Hospital de campanha em São Paulo, Brasil

"Se o Brasil não agir de forma forte vai afetar todos os vizinhos e além da América Latina, avisa o diretor-geral da Organização Mundial de Saúde

O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, afirmou esta sexta-feira que a situação no Brasil em relação à pandemia de covid-19 é “muito preocupante” e instou o Governo a tomar medidas “agressivas”.

O Brasil deve levar esta luta muito a sério”, disse o responsável, acrescentando que são fundamentais medidas para interromper a transmissão.

Numa conferência de imprensa a partir de Genebra e na resposta a uma pergunta sobre o aumento no Brasil de internamentos em cuidados intensivos de pessoas jovens, vários responsáveis da OMS afirmaram-se preocupados com a situação no país e o diretor-geral eferiu que está também preocupado com os estados vizinhos.

Se o Brasil não agir de forma forte vai afetar todos os vizinhos e além da América Latina. Medidas de saúde sérias são muito importantes”, disse, referindo o “aumento contínuo” de casos em fevereiro, mas também do número de mortes.

“Muitos países baixaram (o número de casos) mas o Brasil piorou”, salientou.

Maria Van Kerkhove, infeciologista chefe da OMS, disse que o aumento de pessoas jovens em unidades de cuidados intensivos acontece noutros países, nomeadamente quando os mais jovens começam a sair para, por exemplo, ir trabalhar, e que tal acontece quando há aumento do número de casos de transmissão.

Michael Ryan, do programa de Emergências em Saúde da OMS, assinalou que o aparecimento das vacinas poderá ter levado as pessoas a ficarem mais tranquilas e a adotar outros comportamentos, mas a avisou que este “não é o momento de baixar a guarda” porque o vírus continua a espalhar-se.

“É preciso apoiar as comunidades, não criticá-las”, disse também o responsável, afirmando que tal se aplica a todos os continentes.

Continue a ler esta notícia