Liga Campeões: Lyon-Benfica, 3-1 (crónica) - TVI

Liga Campeões: Lyon-Benfica, 3-1 (crónica)

Terceira derrota na fase de grupos deixa equipa de Bruno Lage no último lugar

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Noite de revezes e falsas esperanças para o Benfica que pode ter hipotecado esta noite a ambicionada qualificação para os oitavos de final da Liga dos Campeões.

Ao contrário do jogo da Luz, o Benfica não marcou e sofreu cedo, logo aos 4 minutos. Depois perdeu Ferro, num choque com Vlachodimos, e consentiu novo golo numa transição rápida dos franceses. A equipa de Bruno Lage ainda ganhou nova vida, já na segunda parte, com golo de Seferovic, mas Traoré acabou com as dúvidas, já perto do final, numa altura em que o campeão português procurava o empate. Tudo muito difícil nas contas para as duas últimas jornadas.

Confira a FICHA DO JOGO

Desta vez Bruno Lage não revolucionou o onze do Benfica. Em relação ao jogo da Luz, mexeu apenas no ataque, mantendo a dupla Chiquinho/Vinícius que já tinha alinhado nos dois últimos jogos da Liga. Rudi Garcia, por seu lado, fez três alterações em relação à derrota de Lisboa, mas também repetiu o onze com que tinha jogado os últimos dois jogos. Dois treinadores a apostar nas rotinas das respetivas equipas, mas o francês acabou por sair por cima.

Logo no primeiro lance de bola parada, um pontapé de canto, aos 4 minutos, o Lyon chegou ao golo. Canto curto, passe atrasado para Dubois que cruza para o coração a área onde Andersen saltou entre os centrais para cabecear para as redes de Vlachodimos. O Benfica não abanou, manteve-se fiel ao esquema original, procurando sair a jogar de pé para pé, procurando ganhar terreno sobre as alas, mas a verdade é que, com a alteração no resultado, o contexto do jogo mudava radicalmente.

O Lyon mantinha uma elevada posse de bola, mas agora com menos profundidade, procurando atrair o Benfica, para depois responder com transições rápidas. No meio deste processo, o Benfica perdeu Ferro que deixou o relvado de maca depois de um aparatoso choque com Vlachodimos. Entrou Jardel e o Lyon chegou ao segundo golo. Arrancada de Aouar sobre a direita, com o médio francês, com duas mudanças de velocidade, a deixar Tomás Tavares nas costas, antes de cruzar para a finalização fácil de Depay.

Tudo mais complicado para o Benfica, com o Lyon a explorar muito bem o flanco esquerdo. Do lado contrário, Grimaldo e Cervi mantinham o equilíbrio, mas sobre a direita, Tomás Tavares, sem apoio de Gedson, passava por extremas dificuldades para controlar as sucessivas investidas de Koné, Aouar e Depay. Até ao intervalo, o Lyon, sempre com mais bola, geriu a vantagem sem grandes sobressaltos.

Seferovic deu esperança, Traoré acabou com ela

Bruno Lage não esperou mais tempo, abdicou de Gedson para juntar Seferovic e Vinícius, desviando Chiquinho para a direita e o Benfica melhorou. O arranque da segunda parte revelou, desde logo, um Benfica mais rematador. Um Benfica a praticar um futebol mais direto, com bola na frente e remate fácil, mesmo sem entrar na área do Lyon.

Chiquinho, na marcação de um livre, deu o primeiro sinal e Seferovic, com uma bomba, obrigou Anthony Lopes a voar. Grimaldo também tentou a sua sorte fora da área, numa altura em que o Lyon encolhia, novamente à espera de ganhar espaço para transições rápidas, com particular destaque para as investidas de Aouar e Cornet.

Bruno Lage sentiu a equipa mais solta e procurou dar-lhe mais bola com a entrada de Pizzi. Quatro minutos depois, o médio, que tinha marcado o golo da vitória na Luz, estava a lançar uma bola adocicada para Seferovic transformar em golo. A bandeirola estava levantada, mas apenas por precipitação do auxiliar, como o VAR veio a confirmar.

Um golo que animou o Benfica que procurou acelerar o jogo, à procura do empate. O problema era ganhar a bola, uma vez que o Lyon defendia a vantagem emagrecida, sem largar a bola, rodando-a a toda a largura do terreno e desgastando ainda mais o Benfica que, com os minutos a correr, arriscava, cada vez, um bloco mais adiantado.

Foi neste equilíbrio que o Lyon acabou por matar o jogo, com mais uma transição rápida, provando que o a esperança que Seferovic foi apenas ilusão. Cornet conduziu a bola até à entrada da área e serviu Traoré que, depois de contornar Jardel, atirou cruzado, sem hipóteses para Vlachodimos. Faltava um minuto para o final, mas estava feito.

Feitas as contas do Grupo G, com duas jornadas por disputar, o Leipzig, que venceu em São Petersburgo, lidera agora com nove pontos, à frente do Lyon, com 7, do Zenit, com 4, e do Benfica, com apenas 3.

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