Liga: a análise da 32.ª jornada - TVI

Liga: a análise da 32.ª jornada

Benfica-Portimonense

Chuva de golos deixou quase tudo na mesma

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Chuva de golos nesta antepenúltima jornada, com um recorde de 42 golos marcados que pulverizou a anterior marca de 31, na 13.ª ronda. Houve algumas decisões, mas a verdade é que ainda há muito para definir. No topo da classificação, o Benfica já garantiu a presença na Liga dos Campeões e o Sporting já sabe que não cai do pódio, mas pouco mais do que isto.

Ligeiramente mais abaixo, na luta pela última vaga para a Liga Europa também ainda não há decisões. No fundo da classificação, falta ainda saber quais os dois clubes que acompanham o Feirense para a II Liga, embora Nacional e Tondela sejam os clubes mais «apertados» nesta altura.

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Começamos pelo topo, com os três grandes a somarem resultados volumosos, com um total de dezassete golos marcados, a contribuírem para o recorde de golos numa só ronda esta temporada.

O Benfica ainda apanhou um susto diante do Portimonense, mas, tal como na ronda anterior, em Braga, acabou por golear por 5-1 e, desta forma, garantiu desde logo que mantinha o estatuto de líder. Logo a seguir, o FC Porto recuperou a diferença de dois pontos também com uma goleada ao Desp. Aves (4-0) e também continua na luta pelo título, mas ao contrário do adversário direto, ainda não garantiu a Liga dos Campeões.

O Sporting assegurou o terceiro lugar ainda antes de jogar, depois da derrota do Sp. Braga nos Barreiros (0-1), mas, depois da goleada ao Belenenses (8-1), os leões ainda têm uma possibilidade, ainda que remota, de chegar ao segundo posto.

A seis pontos do FC Porto, a equipa de Marcel Keizer teria, além de vencer o Tondela, de aguardar por uma derrota da equipa de Sérgio Conceição diante do aflito Nacional, para depois ir ao Dragão, na última ronda ainda a pensar nos milhões da Champions. Contas da próxima ronda...

Rafa embala o Benfica

Nesta, começamos por olhar para o Estádio da Luz onde mais de 60 mil adeptos sofreram ao longo de mais de uma hora. Depois de um nulo na primeira parte, Tabata gelou as bancadas e colocou o Portimonense em vantagem.

Foram menos de dez minutos de apreensão, o tempo que Rafa demorou para chegar ao empate e menos do que isso para o mesmo Rafa concretizar a reviravolta. Dois golos em quatro minutos que abriram caminho para a festa que depois prosseguiu com um «bis» de Seferovic e mais um golo de Jonas ao cair do pano. A liderança estava garantida, pelo menos, por mais uma semana.

Goelada e tensão no Dragão

Logo a seguir, no mesmo dia, foi a vez de o FC Porto, depois de uma semana marcada pelo internamento de Casillas, entrar em campo, com Vaná na baliza, para uma vitória bem mais tranquila. Ao intervalo os dragões já venciam por 2-0, com golos de Corona e Tiquinho, para depois dobrarem a vantagem no segundo tempo, com golos de Manafá e mais um de Tiquinho.

Bem menos tranquilo foi o final do jogo. A habitual «roda», no final do jogo, foi feita no círculo central, longe das claques, e os jogadores recolheram aos balneários sem agradecer aos adeptos. As claques não se calaram até a equipa voltar e pedir desculpa. Um final quente, como aliás já se tinha visto nos Arcos.

Primeiro hat-trick de Bruno Fernandes

No dia seguinte, foi a vez do Sporting entrar em campo, para o dérbi com o Belenenses, num regresso ao Estádio Nacional onde perdeu a última Taça de Portugal e onde, no final da época, vai voltar a disputar nova final. Dois erros de Muriel abriram caminho para a 10.ª vitória consecutiva dos leões, nona na Liga, desta vez com um resultado histórico, igualando o melhor resultado fora de portas para o campeonato: 8-1.

O guarda-redes do Belenenses começou por «oferecer» o primeiro golo a Raphinha e, logo a seguir, foi expulso por falta sobre o mesmo Raphinha. Estava aberto o caminho para a expressiva vitória dos leões que, além do primeiro hat-trick da carreira de Bruno Fernandes, proporcionou um regresso em grande de Bas Dost aos relvados: o holandês já estava a festejar no aquecimento e mais festejou quando, logo a seguir, marcou o sexto golo do Sporting.

Europa confusa, despromoções por clarificar 

Mais abaixo, na luta pela última vaga para a Europa, o Rio Ave marcou pontos, logo a abrir a ronda, com uma vitória em Moreira de Cónegos (2-1). O V. Guimarães continua, no entanto, em posição privilegiada, apesar de ter concedido um empate diante do aflito Nacional depois de ter estado a vencer por 2-0.  Uma luta que ainda pode vir a contar com o Santa Clara que, com uma vitória em Tondela (3-1), continua com o sexto lugar à vista. O Belenenses ainda tem a matemática a favor, embora parte atrás de todos os outros.

A linha que separa as ambições europeias da angústia da despromoção é ainda muito ténue a duas jornadas do fim, uma vez que ainda faltam definir as duas equipas que vão acompanhar o Feirense para o segundo escalão. Abaixo do Belenenses, Marítimo, Boavista, Aves e Portimonense respiram de alívio.

De resto, tudo em aberto para Vitória de Setúbal, Desp. Chaves, Tondela e Nacional. Os sadinos perderam ocasião de assegurar a permanência no último jogo da ronda, e que teve cenas lamentáveis.

Ainda assim, são os insulares [recebem o FC Porto na próxima jornada] e os beirões [defrontam o Sporting em Alvalade] que continuam a ocupar os lugares menos apetecíveis e em situação bem mais complicada do que todos os outros.

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