Português que foi combater o Estado Islâmico já terá saído da Síria - TVI

Português que foi combater o Estado Islâmico já terá saído da Síria

Jovem português deserta da Força Aérea

A informação parte da milícia onde combateu

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O português que em fevereiro desertou da Força Aérea para combater na Síria contra o grupo terrorista Estado Islâmico (EI) já terá saído da zona de guerra, segundo fonte da milícia onde combateu.

Mário Nunes terá saído da Síria a 02 de junho e já estará na Europa, segundo informações dadas à Agência Lusa por um responsável do comando geral do grupo curdo YPG.

Na quinta-feira, a Força Aérea Portuguesa (FAP) rescindiu o contrato com o soldado, que se encontrava em estado de "ausência ilegítima" desde 14 de fevereiro.

A FAP admitiu, porém, não conseguir contactar com o ex-militar nem ter informações oficiais sobre o seu paradeiro "desde fevereiro".

Segundo o Jornal de Notícias, Mário Nunes, natural de Portalegre, estava estacionado na Base Aérea nº 11, em Beja.

A 10 de fevereiro, publicou no seu perfil na rede social Facebook que se tinha juntado à milícia curda Unidades de Proteção Popular (YPG), grupo de ideologia progressista que combate contra os extremistas do EI pela autonomia do território curdo na Síria.

Para tal, têm combatido ao lado das tropas leais ao presidente sírio, Bashar al-Assad, e conseguido ganhos militares importantes contra os extremistas.

Apesar disso, a Turquia, a braços há décadas com uma rebelião da população curda dentro das suas fronteiras, recusa qualquer colaboração com a milícia, tendo sido registados incidentes entre as suas forças armadas e os combatentes curdos sírios.

Na Síria, Mário Nunes, que se identifica na rede social como ateu, adotou o nome de guerra "Havel (camarada) Kadel".

Centenas de ocidentais juntaram-se às fileiras da milícia curda desde o início da guerra civil na Síria.

Muitos dos voluntários são ajudados a chegar ao país através da página de Facebook 'Lions of Rojava', gerida por afiliados ao YPG baseados na Alemanha.

Através das redes sociais, o YPG procura recrutar todos os ocidentais que se mostrem interessados, preferindo porém os que não são casados, não têm filhos, e possam permanecer na Síria por mais de seis meses.

A família, que mantém contacto esporádico pela internet com Mário Nunes, ainda não teria conhecimento desta informação, nem tem mais informações sobre o seu paradeiro.
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