Antes foi uma chama ardente no peito de muitos. Uma chama de sperança, de desejo até, espécie de instinto de conservação duma sociedade que teimam mantê-la na mais profunda decrepitude da humilhação.
Hoje, que é feito dessa chama que foi ardente? Desilusão e mais desilusão, chama que lentamente se foi extinguindo, dando lugar ao mais profundo desalento dos frios gélidos polares.
O que antes fez vibrar milhões de corações esperançados, hoje não passa de cinzas levadas pelo vento das serras da podridão e da corrupção.
Perdeu-se o valor dos valores, da ética, dos direitos dos cidadãos como seres humanos. Perderam-se ideias e ideologias, fabricam-se líderes que jamais o serão, sem capacidade, sem vontade outra que a sua promoção num mundo feito de ilusões, que vive ao sabor de ventos e marés sem rumo certo, sem um porto de abrigo para os mais fracos.
Não há bateria que resista a tanta sacudidela, a tamanhos abanões, a tamanhas fugas á realidade dum triste e desolador dia a dia dum povo que só pretende deixar de ser martirizado.
Já nem piscas existem...
- Portugal Diário
- Ferraz de Almeida
- 8 mar 2009, 18:20
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