Crise de refugiados chega à moda com “Migrant Chic” - TVI

Crise de refugiados chega à moda com “Migrant Chic”

Sessão fotográfica de moda de Norbert Baksa

Fotógrafo de moda húngaro está a causar polémica nas redes sociais após campanha idealizada com "migrante" junto à fronteira

Um fotógrafo de moda húngaro está a causa polémica depois de ter fotografado um editorial de moda sob o conceito “Migrant Chic” na atual crise de refugiados, intitulada Der Migrant.
   
Nas imagens de Norbert Baksa, uma modelo foi fotografada junto a uma vedação ou como se estivesse a ser agarrada pela polícia, envergando marcas luxuosas.
 
 
O fotógrafo de Budapeste, um dos palcos centrais da crise de refugiados na Europa, por ser uma rota de acesso a países de destino como a Alemanha e Áustria, partilhou, nesta semana, a sessão fotográfica no Twitter e no seu site oficial causando a indignação nas redes sociais.

Numa das imagens consideradas mais polémicas, a modelo, Monika Jablonczky, está a tirar uma selfie junto a uma vedação, em roupas de marca, e com um telemóvel com o logótipo da Chanel. A modelo veste uma túnica aberta na frente, vendo-se o corpo, o que acentuou a contestação, atendendo a que a maior parte dos migrantes é proveniente do Médio Oriente.

   
A crítica tem sido tão pouco compreensiva que Norbert Baksa, que já fotografou para a Elle, a Cosmopolitan e a Playboy, sentiu necessidade de defender o seu trabalho numa nota publicada no seu site.
 
“Atendendo às reações, espero que as pessoas se apercebam que a situação é muito complexa e que percebam que estão a tomar posições com base em informações parciais ou contraditórias. Não compreendo como é possível tomar uma posição clara de a favor ou contra quando estamos mergulhados em informações contraditórias nos meios de comunicação. Ninguém tem conhecimento da situação como um todo", afirmou, defendendo a sessão fotográfica: "Era isto mesmo que queríamos captar: uma mulher em sofrimento, que também é bonita, e que veste peças de roupa de qualidade e tem um smartphone.»
 
A intenção, garantiu, não era “glamourizar” a situação dos refugiados mas chamar a atenção para o problema.
 
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