Belenenses-Estoril, 2-2 (5-4, nas g.p) (destaques) - TVI

Belenenses-Estoril, 2-2 (5-4, nas g.p) (destaques)

Fellahi e Carlitos não mereciam

Fellahi e Carlitos

É uma dupla de por a cabeça da defesa adversária em água. Muito volantes, rápidos, tecnicistas quanto baste para ganharem espaços e lançarem ataques perigosos, Fellahi e Carlitos colocaram sérios problemas à defesa do Belenenses, ora através de remates perigosos ora com variações para as laterais, com cruzamentos milimétricos para os homens mais altos que tinham tempo para chegar de trás. São pequeninos, mas mexem-se como gente grande. Uma prova cabal de que não são apenas os jogadores grandes que resultam na frente de ataque. Fellahi marcou o primeiro, Carlitos fez tudo para isso. Duas enormes exibições.

Andersson

Perante tão má exibição do Belenenses, importa falar do que fizeram os reforços, porque, no fundo, é principalmente nestes que está depositada grande parte da confiança dos adeptos azuis. Se olharmos para a exibição de Andersson, não se pode dizer que tenha sido positiva. Andersson jogou ao lado de Marco Paulo, mas pareceu muito perdido no meio-campo. Perdeu também algumas bolas incompreensíveis e não deu a solidez necessária à defensiva do Restelo. Poderá ser uma questão de ambientação, uma vez que foi o primeiro jogo, mas Andersson poderá começar desde já a correr um pouco mais.

Brasília

Bem melhor esteve este reforço. No lado esquerdo, no apoio a Neca, ao centro, e a Hugo Henrique e Antchouet na frente de ataque, o jogador brasileiro teve alguns bons cruzamentos, fez a assistência para o primeiro golo do Belenenses e mostrou que poderá ser importante na manobra ofensiva da equipa de Augusto Inácio.

Hugo Henrique

Mais um reforço que chegou no mês de Janeiro, e talvez aquele mais brilhou em consequência dos dois golos que apontou. Foi mais perigoso que Antchouet e conseguiu marcar quando teve oportunidade. Isso é mérito de ponta-de-lança, valorizado pelo facto de a equipa não ajudar com a intensidade atacante que uma equipa como o Belenenses justificava. Muito mérito na passagem do Belenenses.

A táctica que veio do Estoril

O sistema táctico utilizado pela equipa de Ulisses Morais surpreendeu pela eficácia que mostrou. Foi uma espécie de tudo a atacar e tudo a defender, sendo que na missão ofensiva o objectivo era marcar homem-a-homem. Quando conseguiam a bola, os jogadores mais velozes corriam desenfreadamente para a área contrária para o desequilíbrio. O que é facto é que a táctica resultou, e de que maneira. O Belenenses ficou sem espaços, ficou baralhado e sem soluções.

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