Advogados do BES dizem que acções do Benfica são um logro - TVI

Advogados do BES dizem que acções do Benfica são um logro

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No processo que opõe o BES a Manuel Vilarinho e Vítor Santos, as acções do benfica são consideradas fraca garantia patrimonial.

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O banco que liderou a oferta pública de distribuição de acções do Benfica, em Abril de 2001, considera hoje que os títulos que ajudou a colocar no mercado há seis anos são consideradas más, cita o «Diário Económico».

«Infelizmente as acções empenhadas nada ou quase nada valem: são, em termos de garantia, um verdadeiro logro», sustentam os advogados do Banco Espírito Santo, Filinto Elísio, Lopes de Almeida e Vítor Miragaia, na exposição feita ao Juízo de Execução de Lisboa, onde decorre o processo por dívidas interposto pelo BES contra Manuel Vilarinho, ex-presidente do Benfica, e Vítor Santos, construtor civil e avalista do antigo dirigente desportivo.

Neste processo, o banco exige a Manuel Vilarinho o pagamento de 8,4 milhões de euros, acrescidos de juros e demais encargos.

O montante diz respeito a 40% de um empréstimo de 21 milhões de euros, concedido pelo banco, na verdade, pelo Banco Internacional de Crédito (BIC), que mais tarde se fundiu com o BES, em Maio de 2001, para que o então presidente do Benfica comprasse o volumoso pacote de acções que o mercado não tinha absorvido no âmbito da oferta pública de distribuição de títulos do clube, realizada em Abril.

Passados seis anos, Manuel Vilarinho só pagou uma parte deste empréstimo e falhou os prazos de pagamento definidos com o banco.

Na verdade, a maior fatia que já foi paga acabou desembolsada por dois avalistas de Vilarinho na operação: Luís Filipe Vieira (actual presidente do Benfica), que entretanto pagou 20% dos 21 milhões de euros; e o construtor civil José Guilherme, que também se responsabilizou por 20% da dívida.

Vieira e Guilherme ficaram, assim, com as acções que inicialmente estavam nas mãos de Manuel Vilarinho.
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