Benfica-F.C. Porto, 1-1 (destaques do Benfica) - TVI

Benfica-F.C. Porto, 1-1 (destaques do Benfica)

Talento de Simão deu corpo à alma reencontrada

Talento de Simão

O talento de Simão conseguiu equilibrar um jogo que tinha ficado desequilibrado na primeira parte. Lance genial de Simão, após boa jogada de Miguel e Geovanni quando o Benfica mais precisava e o empate estava feito. Se o número 20 benfiquista tinha sido dos mais esclarecidos já o primeiro tempo, com várias boas assistências a arranjar espaços, ilustrou da melhor forma o bom recomeço do clube da Luz. Já tinha tentando (ao lado assim que recomeçou o jogo) e conseguiu com um espectacular remate quando acertou na baliza. Foi talvez a peça que melhor trabalhou (com mais talento do que a vontade dos companheiros) para que o Benfica conseguisse renascer da letargia do primeiro tempo. No último minuto, em boa posição, Paulo Ferreira roubou-lhe a glória suprema, com um desarme fantástico.

Miguel a tentar remar

O defesa direito do Benfica foi dos que mais tentaram remar contra a forte maré portista e o primeiro a conseguir empolgar o público. As ondas maiores da navegação campeã nacional estiveram também no lado oposto do campo (mais sobre Armando), mas Miguel bateu-se muito bem tendo de enfrentar (com as devidas compensações pelos companheiros) Maciel, Nuno Valente e Maniche. A batalha que travou teve também óptimos pormenores ofensivos nas muitas vezes que tentou transportar a equipa para a frente, mesmo que fosse pelo lado esquerdo. Aos 38 minutos teve uma falha que podia ter sido mais comprometedora, o mesmo acontecendo aos 88, quando deixou escapar Jankauskas em zona proibida. Mas isso não pode beliscar o excelente rendimento que continuou a ter, de que o exemplo maior é a participação na jogada do golo de Simão.

Petit de grande energia

Foi dos melhores dos elementos do Benfica que jogaram à frente da defesa, se bem que a sua acção não tenha sido perfeita, pois, algumas vezes, Armando não teve a devida ajuda para parar as jogadas entre Paulo Ferreira, Pedro Mendes e Deco. Mas a sua preponderância no transporte do Benfica para o ataque contrastou bastante com a do seu companheiro de sector Tiago e até mesmo com a de Zahovic. Muito forte a travar o meio-campo do F.C. Porto, também tentou o golo, mas sem sorte nas bolas paradas.

Sokota importante mesmo sem marcar

É um jogador importantíssimo neste sistema de Camacho, mesmo que não tenha marcado qualquer golo. É muito bom a receber os lançamentos para libertar os companheiros que surgem atrás de si, dominando bem a bola, guardando-a e, neste jogo, ganhando muitos lances de cabeça aos centrais portistas. Deu um golo de bandeja a Zahovic e também participou (mesmo que sem tocar na bola) no lance do golo, pois simulou sobre Ricardo Carvalho deixando-a seguir para Simão. A sua importância notou-se sobremaneira no decréscimo da capacidade ofensiva da equipa quando teve de ser substituído.

Geovanni e Zahovic adormecidos...

O brasileiro continua à procura da melhor forma e esteve muito pouco em jogo durante o primeiro tempo, sendo um (grande) contraste quando comparado com o que Simão conseguiu no flanco oposto. O passe que deu a Simão a oportunidade para empatar com génio a partida e o remate que beijou a trave de Baía (47 m) compensam à justa o escasso rendimento da sua exibição. Zahovic também não esteve nos melhores dias a desequilibrar, mas teve lucidez e serenidade na circulação de bola. Deu num pouco nas vistas quando perdeu o «zero» do número «10» da camisola e para sua sorte a nova vinha de novo com o «zero» à direita. Podia ter dado mais aos 65 minutos quando Sokota lhe deu de bandeja um golo, mas a bola saiu a rasar o poste. Mais ainda do que os restantes companheiros, melhoraram na segunda parte o baixo rendimento da primeira.

...e Tiago ultrapassado

Não podia ter ficado a ver a bola a entrar na baliza de Moreira depois de se ter apercebido que foi Costinha quem apareceu por detrás de si para inaugurar o marcador. Foi a falha do médio benfiquista mais importante. Teve outras na primeira parte, no que respeita a conseguir estancar o meio-campo portista, mas não se deixou abater e corrigiu essa acção no segundo tempo sendo um dos jogadores que permitiram que a equipa da Luz se superiorizasse ao adversário na segunda parte.

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