Receitas dos grupos de media portugueses cresceram 3,6% por ano - TVI

Receitas dos grupos de media portugueses cresceram 3,6% por ano

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As receitas de exploração dos principais grupos de media em Portugal cresceram a uma média anual de 3,6 por cento, entre 2001 e 2004, permitindo às empresas aproveitar este período para reduzir o endividamento, segundo dados de um estudo do Obercom.

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O ritmo de expansão das receitas dos principais grupos de comunicação social em Portugal supera em cerca de 0,2 pontos percentuais (p.p) o ritmo média anual nominal da economia portuguesa no mesmo período, avança a agência «Lusa».

A análise do Observatório da Comunicação (Obercom) mostra que o início da década de 2000 foi «difícil para alguns grupos», mas os resultados operacionais das empresas de media analisadas: Media Capital, Impresa, grupo estatal (RTP), Investec Media (da Cofina) e Lusomundo Media (na altura ainda detida pela Portugal Telecom), mostraram uma tendência de crescimento em todos os casos, excepto no da Lusomundo Media.

Maioria dos grupos reduziu endividamento

A maior parte dos grupos, acrescenta o estudo «Análise Económica e Financeira do Sector dos Media em Portugal», reduziu o seu nível de endividamento durante este período, com a Media Capital a passar de 100% em 2002 para 62,5% em 2005, e a Investec a reduzir de 79% em 2002 para 46% em 2005.

Nos primeiros anos da década os grupos de media apostaram mais na redução do endividamento do que em investir, tendo os activos de cada empresa observado uma diminuição média de 1,5% entre 2001 e 2005.

Para esta diminuição contribuíram sobretudo a Impresa, que reduziu os seus activos em 9,5%, e a Media Capital que diminuiu 2,6%.

A Impresa apresentou, no entanto, um crescimento de 40 por cento em 2005 face ao ano anterior.

Rádio foi o sector que mais sofreu

De acordo com o Obercom, a rádio foi o sector dos media que sofreu mais com o abrandamento da actividade económica no início da década.

Em geral, as receitas de exploração da rádio decresceram em todos os grupos, refere o estudo, adiantando que algumas empresas apresentaram mesmo resultados operacionais negativos em alguns anos.

Em média as receitas diminuíram 4,34%, sendo que a Renascença foi a única empresa de rádio que melhorou o valor dos seus proveitos. Ainda assim, a RDP continuou a ser a empresa com maior facturação.

Todas as analisadas, Rádio Renascença, RDP, Rádio Notícias (TSF) e Media Capital Rádios (detentora da Comercial, Cidade FM, Rádio Clube, Best Rock), reduziram o nível de endividamento, que, em geral, é bastante mais baixo do que nos outros sectores, segundo a análise.
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