Michael O’Neill prometeu e a seleção da Irlanda do Norte não deixou mal o selecionador. Pelo contrário: correspondeu bem, surpreendeu (quase tudo e todos) e alcançou a primeira vitória em fases finais de campeonatos da Europa, na estreia sua nestas «andanças».
Depois de um jogo demasiado fraco na primeira jornada do Europeu frente à Polónia, a equipa irlandesa levou a melhor sobre a Ucrânia no Stade de Lyon e sonha com o apuramento para os oitavos de final.
Já a Ucrânia foi quem desiludiu desta vez, apesar dos muitos remates à baliza de McGovern, e somou a segunda derrota bo Grupo C, sendo a equipa com a diferença de golos mais negativa [quatro contra zero] neste Europeu, até ao momento.
Assim, a formação ucraniana ocupa a última posição do grupo e espera ainda pelo outro jogo deste grupo para saber se fica já pelo caminho ou não. Isto porque a Alemanha e a Polónia, que têm os mesmos três pontos que a Irlanda do Norte, só entram em campo às 20h00 desta quinta-feira, para se defrontarem entre si no Stade de France.
Já na terceira e última jornada a Ucrânia joga com a Polónia, enquanto a Irlanda do Norte defronta a Alemanha.
Quanto ao jogo, teve um pouco de tudo[*] e a vitória da Irlanda do Norte contrastou com a tristeza com que a equipa orientada por O’Neill entrou em campo: com fumos negros em homenagem ao adepto falecido numa praia em Nice.
Nas bancadas, palmas para esse adepto e muitos festejos. Aos 49 minutos e ao cair do pano, que foi quando a bola entrou na baliza de Pyatov. Primeiro por McAuley e depois por McGinn, que tinha entrado no decorrer da segunda parte para o lugar de Ward.
Do outro lado, foi sobretudo Konoplyanka quem motivou maior entusiasmo aos adeptos ucranianos, ao rematar por diversas vezes à baliza de McGovern. O jogador do espanhol Sevilha foi quem mais procurou desfazer a vantagem irlandesa, ainda que quem tenha estado mais perto de o conseguir tenha sido Seleznyov e Zinchenko.
[*] Um pouco de tudo, mesmo. Aos 58 minutos o jogo teve de ser interrompido durante dois minutos devido ao granizo que caia em Lyon e aos 87 deu-se a substituição mais estranha deste Europeu. McNair ia entrar e tanto Corry Evans como Dallas achavam que iam sair. Ninguém se entendia e o selecionador irlandês teve de recolocar Dallas em campo com um empurrão. O árbitro não gostou da confusão, deu amarelo ao camisola 14 e atrasou a substituição. Já o árbitro auxiliar ficou, literalmente, com a placa na mão. Só aos 90 minutos, McNair entrou e quem saiu foi mesmo Evans.