Combustíveis: CGTP e UGT acusam ANTRAM de estar a agravar conflito - TVI

Combustíveis: CGTP e UGT acusam ANTRAM de estar a agravar conflito

  • 17 abr 2019, 18:28
Greve dos motoritas de matérias perigosas faz esgotar ou escassear combustíveis

Centrais sindicais consideraram esta quarta-feira que a greve e as reivindicações dos motoristas de matérias perigosas, convocada por um sindicato independente, são “justas e legítimas”, acusando a associação patronal de estar a agravar o conflito

As centrais sindicais UGT e CGPT consideraram esta quarta-feira que a greve e as reivindicações dos motoristas de matérias perigosas, convocada por um sindicato independente, são “justas e legítimas”, acusando a associação patronal de estar a agravar o conflito.

À entrada para uma reunião da Concertação Social, o dirigente da UGT, Sérgio Monte, considerou que a greve convocada pelo Sindicato dos Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP) "é justa”, defendendo que o setor “há muito tempo que merecia preocupações”.

Afirmando que o salário base é de 630 euros para estes trabalhadores, que recebem grande parte do salário em ajudas de custo, o dirigente da UGT salientou que as reivindicações “são legítimas”, apesar de o momento da greve “talvez não ser o mais aconselhável” devido à Páscoa, altura em que muitas pessoas se querem deslocar.

Sérgio Monte acusou as empresas representadas pela Associação Nacional de Transportadores Públicos Rodoviários de Mercadorias (ANTRAM) de estarem a “agudizar o conflito”, uma vez que se recusam a negociar com o sindicato enquanto estiver a decorrer a greve.

Isso é uma posição anti-negocial”, considerou o dirigente da UGT.

Também o líder da CGTP, Arménio Carlos, disse que a associação empresarial “tem obrigação” de se sentar à mesa das negociações “sob pena de ser responsável pelo conflito”.

Arménio Carlos defendeu que, “se não se tomarem medidas rapidamente através de diálogo e da negociação” com vista a uma solução, corre-se “o risco de se prolongar e de se perturbar ainda mais a vida das pessoas, dos trabalhadores e da economia”.

Para o líder da intersindical, as reivindicações dos motoristas são legítimas pois há um “quadro de desvalorização das profissões” que se arrasta há anos, que leva a situações deste tipo.

Neste quadro, o Governo tem o dever de chamar as partes para encontrar uma solução”, considerou Arménio Carlos.

A greve nacional dos motoristas de matérias perigosas, que começou às 00:00 de segunda-feira, foi convocada pelo Sindicato Nacional de Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP), por tempo indeterminado, para reivindicar o reconhecimento da categoria profissional específica.

Após a requisição civil, os militares da GNR mantiveram-se de prevenção em vários pontos do país para que os camiões com combustível pudessem abastecer e sair dos parques sem afetarem a circulação rodoviária.

Gerou-se a corrida aos postos de abastecimento de combustíveisprovocando congestionamento nas vias de trânsito.

Esta terça-feira, os ministros da Administração Interna e do Ambiente e da Transição Energética declararam a “situação de alerta” devido à greve nacional, implementando medidas excecionais para garantir os abastecimentos.

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