Acidente Algarve: operador rejeita críticas dos turistas - TVI

Acidente Algarve: operador rejeita críticas dos turistas

Mulher de 64 anos que sofreu traumatismo craniano é o caso mais grave. Foi prestado apoio psicológico à criança de três anos cuja mãe foi uma das vítimas mortais

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Há uma turista holandesa em estado crítico com “prognóstico muito reservado” no hospital de Faro, uma mulher de 64 anos que sofreu um traumatismo craniano na sequência do  despiste do autocarro na Via do Infante, que resultou na morte de três passageiros e causou ferimentos nos restantes.

Alguns dos feridos foram apenas assistidos no local, outros já tiveram alta, mas nove permanecem hospitalizados e pelo menos três dos sete que estão em Faro vão ficar internados naquela unidade. 
 
Segundo o chefe da equipa de urgências daquela unidade algarvia, João Ildefonso, que fez um balanço da situação, nesta quinta-feira, aos jornalistas, além das três vítimas mortais encontram-se hospitalizadas em Faro sete pessoas, “um doente em estado crítico e os restantes livres de perigo”, mas pelo menos três terão de ficar internados, devido aos traumatismos sofridos.
  
Um outro ferido está internado nos Cuidados Intensivos de Portimão com uma contusão pulmonar, enquanto para Lisboa, nomeadamente para o São José, foi transportado outro ferido com um traumatismo maxilo-facial, especialidade que não existe no Algarve, explicou João Ildefonso.

De acordo com fonte do hospital lisboeta, o ferido, um homem de 63 anos, deu entrada na urgência às 03:00 e mantém-se internado em estado crítico, mas estável.  “O ferido está internado na unidade de neuro-críticos do Hospital de São José. Está estável e vai ser submetido ainda esta manhã a uma cirurgia a um traumatismo facial”, adiantou.
 
No local foi ainda prestado apoio psicológico à criança de três anos que seguia no autocarro, cuja mãe foi uma das vítimas mortais.
 

Operador rejeita críticas

O porta-voz da operadora turística envolvida no acidente disse ter ficado impressionado com a eficiência dos serviços de emergência portugueses.
 
" Estamos impressionados com a resposta dos serviços de emergência na última noite. Foram muito eficazes na forma como as pessoas foram tratadas, tanto no local como no hospital. É um sentimento reconfortante para nós, operadora, e também para os clientes, saberem que se acontecer algo tão triste pelo menos podemos contar com um bom serviço de emergência. Agora a nossa prioridade é tratar e tomar conta dos feridos", afirmou  Hans Vanalemesch aos jornalistas.

Quanto aos turistas holandeses que não se encontram hospitalizados, o operador garantiu que o bem-estar dos viajantes está a ser assegurado - depois de terem surgido algumas críticas - e afiançou que quem quiser pode regressar à Holanda de imediato, apesar de, contou, ter recebido "muito poucos pedidos" nesse sentido.

"A maioria das pessoas que saíram do hospital não nos disseram ainda que querem voar de volta", disse o porta-voz da TUI Travel nos Países Baixos.

" Estamos a conversar com os clientes e a fazer o que nos pedem. Estão confortáveis, fazemos o que nos pedem, se querem ir ou não para o hotel, por exemplo. É uma situação muito forte do ponto de vista emocional, mas para estas pessoas temos soluções, temos soluções para todos", assegurou.
 

Indisposição do motorista na origem do acidente

Uma indisposição do motorista
, que já foi ouvido pelas autoridades, estará na origem do despiste do autocarro com cerca de 40 turistas no Algarve, na noite de quarta-feira, que fez três mortos e vários feridos. 
  
Segundo apurou a TVI, o condutor terá perdido o controlo do veículo, que viria a capotar na Via do Infante, ao quilómetro 48, perto de Paderne, concelho de Loulé, no sentido Faro-Portimão. O alerta terá sido dado pelo próprio, um dos feridos graves do acidente, cerca das 23:00. 
  
As três vítimas mortais, duas mulheres e um homem, e os 31 feridos são todos de nacionalidade holandesa e tinham acabado de chegar ao aeroporto de Faro, com destino a Portimão. Entre os passageiros estava também uma criança de três anos. 

O autocarro da Frota Azul, que caiu numa ravina de difícil acesso, de uma altura de cinco metros, foi retirado cerca das 07:00. 

O trânsito na A22 (Via do Infante) foi reaberto no sentido Portimão-Faro cerca das 03:00, depois de ter estado cortado nos dois sentidos desde as 00:31. 

A operação montada pelas autoridades para assistência aos feridos do acidente ficaram terminadas cerca das 02:30. No terreno para dar assistência às vítimas do acidente estiveram 156 operacionais, apoiados por 60 veículos.
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