Sucessor de Paulo Macedo virá de fora da máquina fiscal - TVI

Sucessor de Paulo Macedo virá de fora da máquina fiscal

Paulo Macedo

João Durão e Magalhães Machado, subdirectores para a área da inspecção tributária e para as relações internacionais, até agora apontados como sendo os mais fortes candidatos à sucessão do actual director-geral dos Impostos, Paulo Macedo, deverão estar afastados do processo.

Relacionados
Segundo apurou o «Diário Económico», parece ser certo que o futuro líder do Fisco virá de fora da máquina tributária.

De acordo com alguns dos responsáveis presentes no seminário para dirigentes do Fisco que decorreu ontem em Lisboa, o secretário de Estados dos Assuntos Fiscais, João Amaral Tomaz, afirmou que o sucessor de Macedo não se encontrava na sala, a mesma onde se encontravam João Durão e Magalhães Machado, assim como os restantes subdirectores do Fisco.

As palavras de Amaral Tomaz deitam por terra as dúvidas segundo as quais o ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, ainda não teria um nome para a liderança da Direcção-Geral dos Impostos.

Contudo, permanece desconhecido o sucessor de Paulo Macedo, que deverá abandonar o cargo a 3 de Agosto, depois de a sua comissão de serviço, que acabava a 3 de Maio, ter sido prolongada por mais 90 dias, conforme o prazo legal.

Nos corredores das Finanças fala-se agora numa solução externa. Desde que se soube que Paulo Macedo ia sair, foram avançados alguns nomes vindos de fora da máquina fiscal.

Do sector privado foram feitos convites a Freitas Pereira, juiz conselheiro do Tribunal de Contas e a Manuel Faustino, do Banco de Portugal, para o cargo de director-geral dos Impostos, mas a proposta terá sido sempre recusada.

Assim, a solução interna parecia a mais viável, já que a nova lei que limita os salários dos gestores públicos dificulta a nomeação de responsáveis vindos do sector privado.

Recorde-se que Paulo Macedo abandonou o cargo devido à aprovação, em 2005, da lei dos gestores públicos, segundo a qual os ordenados que estes recebem não podem ultrapassar o vencimento do primeiro-ministro. Paulo Macedo, que recebe 23.360 euros, veria o seu salário reduzido para 5.360 euros.
Continue a ler esta notícia

Relacionados

EM DESTAQUE